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Luta contra o banimento
quinta-feira, 5 de abril de 2012
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Os Químicos da Força, em nome de suas entidades sindicais, que representam os trabalhadores e trabalhadoras nas indústrias que produzem sacolas e embalagens plásticas em todo o estado de São Paulo, comunicam que toda a sociedade deve exigir meios adequados para o empacotamento e transporte dos produtos comprados em supermercados.
No mês de janeiro, o Governo do Estado de São Paulo e a APAS (Associação Paulista de Supermercados) assinaram um protocolo de intenções que bania a distribuição gratuita de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais. Desde então, inúmeras manifestações e mobilizações em todo o estado de São Paulo foram realizadas pela Federação dos Químicos e seus Sindicatos filiados, com o apoio da CNTQ e de sua central, Força Sindical, pelo cumprimento do direito dos consumidores a embalagens gratuitas e em defesa da manutenção dos empregos dos trabalhadores do setor.
Sabe-se que mais de 85% da população reutiliza as sacolinhas plásticas como saco de lixo, assim não existe ganho ambiental em sua eliminação. E se na verdade alguns vão lucrar, com a não obrigatoriedade de fornecimento de sacolas para o transporte dos produtos e, principalmente, com a venda de sacolas fabricadas na China, Vietnã, e outros países, a sociedade é que irá arcar com um grande prejuízo econômico, pois o cidadão passará essas sacolas importadas, sacos de lixo, ecobags e até utilizar caixas de papelão, comprometendo a higiene e o descarte correto do lixo.
O acordo entre a APAS e Governo do Estado só surte efeito para os supermercados e não atende o direito dos consumidores. Não houve participação dos trabalhadores na discussão.
Não podemos permitir que falsas preocupações ecológicas, que não contribuem em nada com o meio ambiente, prejudiquem a sociedade. São necessárias medidas de incentivo ao consumo sustentável e à proteção do meio ambiente. Além disso, a distribuição de sacolinhas nunca foi gratuita, porque seu custo sempre esteve integrado ao preço dos produtos.
Reiteramos que não existe lei estadual em que proíba as sacolinhas, por isso, o cidadão deve escolher supermercados que respeitem seu direito, exigindo sacolas plásticas!
Sérgio Luiz Leite, Serginho, presidente da Fequimfar e 1° secretário da Força Sindical Nacional