Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
Luta, Direito e Conquista!
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Artigos
Nosso ano começou com muitas atividades e reuniões, com a participação efetiva de toda FEQUIMFAR e seus sindicatos filiados, sempre com o apoio efetivo da CNTQ e da Força Sindical.
Ressaltamos nossas expectativas para este ano de 2013, dando prosseguimento a todas as lutas, mobilizações e interlocuções do movimento sindical, junto ao governo, autoridades e empresariado, pelo crescimento econômico. Para que possam perdurar e se efetivem cada vez mais. Sendo assim, reforçamos nossas bandeiras de luta pela permanência da queda das taxas de juro e desemprego, somadas aos números cada vez mais crescentes dos índices de formalização de mão de obra. Lembrando que tais fatores são de essencial importância para o desenvolvimento social e econômico da nação.
E também não vamos e nem podemos ficar parados, pois, temos muito que fazer. Inúmeros problemas nas áreas de saúde, segurança e capacitação profissional ainda são constatados, sendo que toda essa alta rotatividade de mão de obra no mercado de trabalho é um fator altamente preocupante, e que precisa ser sanado com a máxima urgência.
Estamos nos mobilizando, e sendo assim, no próximo dia 6 de março, estaremos com a Força Sindical, em conjunto com as demais centrais CUT, CTB, Nova Central, UGT e CGTB, também a UNE e movimentos sociais, em Brasília, para a realização da “Marcha das Centrais pela Cidadania, Desenvolvimento Social e Valorização do Trabalho”. Entidades representativas e unidas, como forma de pressionar o Governo, o Congresso Nacional e demais autoridades pela aprovação das reivindicações da classe trabalhadora.
Ora, sabemos que muitos ainda estão interessados apenas em seus próprios benefícios, ou seja, com a queda de juros, essa que foi uma das principais lutas do movimento sindical, o processo especulatório se reduziu em detrimento a interesses mesquinhos de determinados grupos. Além disso, muito nos decepciona saber que alguns reclamam até mesmo da redução das tarifas elétricas.
E assim, em face de toda essa situação, referendamos com essa marcha em Brasília, um documento político com a visão dos trabalhadores sobre as mudanças necessárias para a economia e a legislação brasileira.
Nele, reafirmamos toda a nossa luta pelo “Fim do fator previdenciário”, pela aprovação da “Jornada de 40 horas semanais de Trabalho, sem redução salarial”, pelos “10% do PIB para a educação e 10% dos da União para a Saúde”, pela “Regulamentação da Convenção 151 e aprovação da Convenção 158 da OIT”, por uma “Política nacional de valorização das aposentadorias”, pela “Reforma Agrária”, por “Mais desenvolvimento Econômico”.
Temos consciência que esse importante movimento desagrada a determinados interesses, sendo assim, na contramão de todo esse processo, muito nos frustra a constatação de um documento lançado pela CNI, onde se abordam “101 propostas junto às irracionalidades” da legislação trabalhista. Nele, se assinalam, somente sob o ponto de vista dos empregadores, questões referentes a ganhos e aumento de competitividade, em detrimento a redução de direitos dos trabalhadores e a precarização do trabalho.
É justo que todos façam as suas propostas, mas não podemos ser omissos e deixar de assinalar tudo aquilo que possa ferir e ameaçar toda uma gama de direitos, que foram tão duramente conquistados, ao logo de muitos anos, pelo movimento sindical, em beneficio da classe trabalhadora.
Fizemos e continuamos a fazer a nossa parte, desde a luta pela democratização, nas crises financeiras e na luta pelo crescimento econômico. Poucos ainda se lembram das ruas tomadas pelo mercado informal de trabalho, nas crises de desemprego, na luta contra a inflação e das visitas e exigências desumanas do próprio FMI.
Mas precisamos tomar muito cuidado, pois em contrapartida a ganância pelo aumento de competitividade de alguns poucos, conquistas históricas da classe trabalhadora não podem ser expostas a riscos.
Ao longo dos anos, muito se modificou nos meios de produção, principalmente com o desenvolvimento tecnológico, numa mudança continua das condições de trabalho. Por isso, todos os problemas e alterações exigem discussões técnicas e analíticas, que possam gerar decisões coerentes e conscienciosas, são bem vindas, mas sempre com a participação de todas as partes envolvidas. E desde já reiteramos que não podemos por em risco questões de ordem crucial, em relação à saúde, segurança e bem estar dos trabalhadores.
Ressaltamos que se a vida no Brasil está melhor, é porque o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou, e que muitas de nossas reivindicações, como a valorização do salário mínimo e os reajustes salariais, com aumento real e PLR, se tornaram realidade, aumentando a renda e poder de compra da população.
Nesse ideal de luta, vamos continuar a dar ênfase às nossas propostas, sempre abertos ao dialogo e exigindo respeito aos nossos direitos!
Sergio Luiz Leite, presidente de Fequimfar