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Máquina: para produzir, não para acidentar!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
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Vivemos um momento de expectativas otimistas na a prevenção dos acidentes com máquinas e equipamentos,face ao renascimento da NR 12, elaborada dentro de uma cultura tripartite, que respalda os interesses da sociedadeorganizada.
Sabemos que há ainda muito para fazer, mas, conseguimos alcançar os objetivos e metas que traçamos, o que para nós foi uma vitória, focada na luta pela qualidade de vida – dentro e fora do local de trabalho -, priorizando a prevenção aos acidentes com máquinas e equipamentos, que tem embasado, de forma permanente,todo o nosso compromisso.
Por isso, continuaremos nossas negociações e discussões tripartites, integradas pelo patronato e os técnicos do Ministério do Trabalho, daremos continuidadeà Convenção Coletiva de Prensas e Similares, e à CPN-IM (Comissão Permanente de Negociação da Indústria Metalúrgica), atualmente transformada num grupo lapidado e nobre, onde o centro das discussões é a prevenção dos acidentes em máquinas e a sua divulgação.
Dentro dessa lógica e, contribuindo para a difusão dos conceitos estabelecidos nesta linha, nosso Sindicato realizou no último dia 10 de setembro, o 10º ENCIMESP -Encontro de Cipeiros Metalúrgicos de São Paulo e Mogidas Cruzes, com a participação inclusive de membros da CPN-IM.
Há muito, o ENCIMESP tornou-se uma tradição entre trabalhadores metalúrgicos, sindicalistas, técnicos e todos aqueles que, de uma forma ou outra, participam das ações em prol da segurança e saúde do trabalhador. Esta edição, além dos trabalhadores cipeiros, contou também com a participação de grande número de técnicos de segurança do trabalho, mostrando o interesse pelo assunto.
Relembramos que o primeiro encontro aconteceu em 21 de fevereiro de 1987 e ao longo dos anos, milhares de trabalhadores, cipeiros, técnicos, autoridades, sindicalistase estudantes, participaram das suas edições que muito contribuíram para segurança e saúde do trabalhador até os dias de hoje.
Nosso Sindicato, há muito vem se preocupando com a proteção voltada ao trabalho com máquinas e equipamentos e a conseqüente busca pela adequação destas máquinas perigosas que mutilam inúmerostrabalhadores, causando prejuízos à vítimas, à estrutura familiar, à empresa e ao País, marcado pela sorte dos acidentes que tem gerado.
Com orgulho lembro que fomos pioneiros na implantação de um grande acordo que deu origem à Convenção Coletiva de Prensas e Similares, marco importante na revolução da prevenção de acidentes para máquinas e equipamentos em nosso País, hoje referência nacional.
Sobre a questão da proteção de máquinas no Brasil,todos sabem que contamos atualmente com a NR 12 (em fase de reestruturação), com a Nota Técnica nº 16/2005 do Ministério do Trabalho e Emprego e, para o estado de São Paulo, os trabalhadores metalúrgicos dispõem também da Convenção Coletiva de Trabalho (prensas e similares), importante documento legal na adequação de máquinas e equipamentos.
No entanto, a sociedade aguarda com atenção, afinalização da NR 12, que será mais abrangente, modernae atualizada em função às necessidades da indústria de transformação atual. Esta norma, irá contribuir não somente para o estado de São Paulo, mas, para todo o Brasil e não exclusivamente para os trabalhadores metalúrgicos, mas, aos sapateiros, marceneiros, supermercadistas, padeiros, açougueiros, gráficos, papeleiros, têxteis, e muito outros.
?Esperamos que, num futuro não muito distante, nosso imenso parque industrial esteja bem mais adequado, permitindo o trabalhar saudável e seguro, com a certeza que máquina foi feita para produzir, não para acidentar!
Luis Carlos de Oliveira (Luisinho), diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo