O Copom (Comitê de Política Econômica), ligado ao Banco Central, decide na próxima quarta-feira a nova taxa básica de juros (a atual taxa é de 14% a.a.). O governo tem uma ótima oportunidade de sinalizar para o setor produtivo, que gera emprego e renda, que o País não bajula mais os especuladores e o rentismo.
O novo governo precisa entender que a taxa de juros em patamares estratosféricos tem sido uma ferramenta pouco eficaz no combate à inflação pois, além de encarecer o crédito para o consumo e para investimentos, causa mais desemprego, queda de renda e a piora no cenário de recessão da economia. E o mercado de trabalho tem, em vez de abrir postos de trabalho, demitido vorazmente. E, ao mesmo tempo, a indústria só tem piorado seu desempenho.
É importante destacar que esta política de juros estratosféricos derruba a atividade econômica e diminui a capacidade de consumo das famílias. E, ainda, reduz a confiança e os investimentos, o que compromete ainda mais a capacidade de crescimento econômico futuro.
A especulação financeira desenfreada tem drenado imensas quantidades de recursos vitais ao pleno desenvolvimento nacional, recursos estes que poderiam ser direcionados para a Saúde, a Educação, para moradias, mas que vão parar nos bolsos dos banqueiros.
Vale lembrar, que a Força Sindical, juntamente com as demais centrais (CUT, UGT, CTB, Nova Central e CSB), na chamada unidade de ação, têm promovido atos e manifestações todas as vezes que os membros do Banco Central se reúnem para decidir sobre mudanças na taxa de juros.
Defendemos a imediata redução da taxa de juros e a implementação de políticas que priorizem a retomada do investimento, o crescimento da economia, a geração de empregos, a redução da desigualdade social, o combate à pobreza e a distribuição de renda.
João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social