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Mobilização pelo País
sexta-feira, 29 de julho de 2011
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As centrais sindicais estão trabalhando intensamente para que a manifestação convocada para o dia 3 de agosto, em São Paulo, sensibilize, de fato, o governo e os parlamentares para as reivindicações da classe trabalhadora. A Pauta Trabalhista não defende questões exclusivas do movimento sindical. Ela está voltada para a sociedade e, neste sentido, contempla propostas para um crescimento da economia com sustentabilidade e, consequentemente, para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e suas famílias, que formam a massa populacional do país.
Se a população vai bem, digamos assim, tem emprego, renda, acesso a educação, moradia, ao consumo de gêneros de primeira necessidade, ao lazer etc. é sinal de que o País caminha para um desenvolvimento humano e social, sem miséria, com redução das desigualdades.
A Pauta Trabalhista pede:
Redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salário. Isso significa menos acidentes e doenças profissionais, menos gastos com Previdência Social e médicos, mais qualidade de vida.
Pede qualificação profissional. Isso significa capacitar os trabalhadores e ter mais produtividade.
Pede uma política industrial. Isso significa redução das importações, redução do processo de desindustrialização, investimentos em tecnologia e capacitação da mão de obra.
Pede o fim do fator previdenciário. Isso significa valorização das aposentadorias e pensões e condições de vida mais dignas àqueles que contribuíram para o desenvolvimento do Brasil.
Pede a regulamentação da terceirização. Isso significa tratar os trabalhadores de maneira mais digna, garantindo a eles direitos e tratamento iguais aos dos companheiros efetivos.
Pede a ratificação das Convenções 158 e 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Isso significa o fim das demissões arbitrárias e injustas que tanto humilham os trabalhadores; respeito e reconhecimento do direito de negociação e greve do funcionalismo público, e fortalecimento do processo democrático e da liberdade de manifestação que tanto lutamos para conquistar.
Pede 10% do PIB para educação. Nenhum país pode se desenvolver se não possibilita à sua população o acesso a informação, à cultura, ao conhecimento, se o povo não aprende a pensar.
Pede reformas agrária e urbana para que a população possa viver com dignidade onde quer que esteja, sem precisar migrar para lugares incertos e ser marginalizada; respeitar o espaço um do outro, não ser excluída do processo de desenvolvimento econômico e social.
Todas as regiões do País estão se mobilizando, manifestando-se e clamando para que o Congresso Nacional e o governo que abracem esta causa, que discutam e votem com seriedade a pauta dos trabalhadores para que possamos ser uma Nação de fato mais justa e soberana.
Todos ao ato do dia 3 de Agosto. A concentração será em frente ao estádio do Pacaembu, seguida de passeata pela avenida Paulista, Av. Brigadeiro Luiz Antonio até a Assembleia Legislativa, onde será realizado o grande ato em defesa da Pauta Trabalhista.
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e Vice-presidente da Força Sindical