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Mulheres cobram do governo a ratificação da Convenção 156 da OIT
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
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Apesar de a Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1981, tratar sobre a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito do trabalho, e, também, no que se refere às responsabilidades familiares, e de tais temas afetarem milhares de trabalhadores e trabalhadoras, o Brasil, infelizmente, passados quase 35 anos de sua elaboração, ainda não é signatário da Convenção, tornado-se o único País do Mercosul a não ter ratificado sua adesão.
Tendo por objetivo a eliminação de qualquer forma de discriminação, seja na vida em família ou no desempenho de atividades profissionais, em qualquer ramo de atividade, as mulheres trabalhadoras brasileiras manifestam seu desejo por igualdade, através de mecanismos e políticas empresariais e governamentais, e que o governo abandone sua postura conservadora e ratifique o ingresso do nosso País à Convenção 156, um passo importante para a conquista da tão almejada igualdade. Mas, ao que parece, nem empresários nem governo estão dispostos a compactuar com nossos anseios.
As mulheres, historicamente, sempre sentiram na pele o peso da desigualdade. Poucas são as que têm o auxílio masculino nos afazeres do lar e, se inseridas no mercado de trabalho, além da jornada dupla – frequentemente tripla –, recebem salários menores, mesmo desempenhando a mesma função, e têm de conviver, em seus locais de trabalho, com toda sorte de discriminações. Sanar esta injustiça é um dever do governo, ao contrário de querer promover uma reforma na Previdência Social à custa da perda de direitos conquistados pelos trabalhadores ao longo de muitos anos de lutas.
Às vésperas das comemorações do “Março Mulher”, as mulheres trabalhadoras das entidades filiadas à Força Sindical em nosso Estado, nossa Secretaria e demais dirigentes sindicais, vão intensificar sua mobilização para pressionar o governo a ratificar a Convenção 156 da OIT e, assim, corrigir um erro que já deveria ter sido corrigido há muito tempo.
Esta não é uma luta apenas das mulheres, mas de toda a classe trabalhadora!
Maria Auxiliadora dos Santos
Secretária Nacional de Políticas para as Mulheres da Força Sindical