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Mulheres fazem reflexão sobre seus desafios no seu dia
sexta-feira, 7 de março de 2014
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Neste 8 de março lembraremos o Dia Internacional da Mulher. Se olharmos para o passado teremos a certeza de que caminhamos muito, especialmente quanto à inserção das mulheres no mercado de trabalho. Mas, ao olharmos para o nosso presente e o nosso futuro, visualizaremos os inúmeros desafios que vamos ter de encarar e resolver, apesar das dificuldades como, por exemplo, o assedio moral.
Hoje, grande parte dos homens, empresários e dirigentes de órgãos governamentais, reconhecem o trabalho das mulheres e o elogiam. Mas este discurso muitas vezes não condiz com a prática, ou seja, as mulheres recebem salários 30% menores do que os homens embora tenham mais escolaridade.
A carga de quem trabalha fora é absurda. As mulheres em tripla jornada: casa, trabalho fora e os filhos. Por este motivo, a obrigatoriedade da licença-maternidade de 180 dias é essencial para todas nós.
Consideramos fundamental a Lei Maria da Penha, mas temos de reconhecer que apenas uma lei não basta para acabar com as mortes de mulheres pelos seus companheiros. Precisamos mudar a cultura dos homens em relação à violência em todas as áreas, começando pelos nossos filhos.
As bandeiras de luta dos trabalhadores – fim do Fator Previdenciário e jornada de 40 horas semanais – também são nossas bandeiras. Já ganhamos salários 30% menores do que os dos homens e, quando nos aposentamos, o Fator achata os benefícios entre 30% e 40%. Isto significa dupla punição, sem que tenhamos culpa. Apenas por sermos mulheres.
Temos tripla jornada de trabalho, e a jornada de 40 horas é importante para nos qualificarmos e termos momentos de lazer. Por este motivo, Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais Sindicais têm de assumir estas bandeiras. A luta é de todos, e não apenas de uma parcela da sociedade.
Maria Auxiliadora dos Santos, secretária de Políticas para Mulheres da Força Sindical