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Não às demissões nas montadoras!
quarta-feira, 1 de junho de 2016
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É extremamente grave a notícia de que as montadoras pretendem acelerar as demissões, mesmo depois da adoção de mecanismos de proteção ao emprego (PPE, lay-off, licença-remunerada), que são uma forma responsável de as empresas e os sindicatos tratarem a questão da crise sem a perda dos postos de trabalho e sem risco de piora em nossos ainda sensíveis índices sociais.
Estamos cientes de que o setor sofre com os reflexos da recessão e que os pátios das montadoras e concessionárias de veículos estão lotados. Mas apostar no pior, o desemprego, é uma medida radical, irracional e absurda. Trabalhadores empregados, com bons salários e segurança, são os que fazem girar a economia e o comércio, colaborando com a superação da crise, a retomada do desenvolvimento e a recuperação do mercado consumidor.
Nós, do movimento sindical, estamos atentos aos cenários econômico e político do País e às dificuldades apontadas pelos fabricantes de veículos. Mas vamos resistir em defesa dos trabalhadores, de seus empregos e seus direitos, com fortes manifestações de protesto, de forma unificada, com participação de sindicatos da Força Sindical e de outras centrais sindicais.
Acreditamos na superação da crise e na retomada da produção. E temos colaborado com propostas que acreditamos viáveis, como o documento Compromisso pelo Desenvolvimento e o programa de Sustentabilidade Veicular (renovação da frota de veículos), fundamentais para a geração de milhões de empregos na ampla e importante cadeia automotiva e para alavancar o setor produtivo, a indústria, o comércio e o PIB nacional. Já apresentamos estas propostas aos governos federal (Dilma e Temer) e estadual) e estamos aguardando um sinal verde.
Os empresários precisam ter cautela, ouvir a classe trabalhadora e atuar com o movimento sindical na busca de medidas contra a estagnação econômica, pela manutenção e geração de postos de trabalho, e contra a instabilidade social.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes