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Não basta ser mulher, tem de ter consciência!
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
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É só ter olhos para ver claramente um amplo desenvolvimento na situação social da mulher brasileira. Destaca-se as conquistas no mundo político (onde apesar de termos uma presidenta da república, as tomadas de cargos continuam tímidas), a situação no mercado de trabalho (onde elas são maioria) e o novo poder econômico gerado por elas.
Ora, durante grande parte da história do Brasil, as mulheres sofreram preconceitos que lhes negavam os direitos de votar e de se candidatar. Com muita luta elas começaram a ter uma participação mais efetiva na sociedade, conquistando o direito de votar e ser votada.
Mas, não basta apenas disputar e conquistar o poder, é necessário transformar a forma de exercer o poder, que hoje exige das mulheres uma dose muito grande de abdicação pessoal e trabalho, uma vez que exercer vários papéis ao mesmo tempo é uma tarefa hercúlea.
Qualquer mulher que hoje está em melhores condições no serviço público ou privado, precisou vencer preconceitos que ainda existem enfrentar um mundo estruturado para atender ao poder masculino, desistir da família ou deixa-la a cargo de outrem, entre muitos pequenos sacrifícios que são exigidos para a conquista da igualdade social e de gênero.
E isto ainda está longe de acabar, apesar da persistência feminina para mudar esse quadro, pois, a sociedade ainda exige que a mulher se destaque para ser respeitada, que se mostre especial para ser tratada como igual, enquanto os homens recebem respeito e reconhecimento com naturalidade.
As mulheres precisam despertar sua consciência coletiva e tomar sua cota de cargos públicos, para que possam legislar em todas as instâncias, em prol da igualdade de gênero, um direito delas, um dever da sociedade. Elas devem preencher todas as vagas que obrigatoriamente já estão reservadas a elas, uma exigência que não deveria existir.
Mulheres trabalhadoras, vamos nos unir e nos organizar, vamos participar da vida sindical, vamos participar da disputa eleitoral pública, independente das condições de classe, pois, os interesses em jogo dizem respeito à condição feminina. Mulheres conscientes de uma postura política positiva serão capazes de conquistar resultados expressivos em menos tempo. Mulheres, vamos à luta!
Helena Ribeiro da Silva, presidenta do Seaac de Americana e Região