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Negociação e Luta
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
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As negociações com os grupos patronais têm tido o saldo já esperado: choradeira. Argumentos de que a crise afetou os resultados e as expectativas de crescimento são repetidos a todo instante, sem falar em câmbio, importados. Todas questões já conhecidas.
A choradeira não é surpresa, como vínhamos alertando a categoria. Agora, não dá para dizer que os trabalhadores não deram sua contribuição para que todos esses problemas fossem superados, fomos às ruas, fizemos manifestações, apresentamos propostas ao governo, algumas das quais resultaram em medidas (a redução do IPI e a queda dos juros são exemplos) que hoje já resultam em medidas concretas para a recuperação da indústria.
Prova disso é que em agosto, a indústria nacional cresceu 1,5% em comparação com o mês anterior, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticos). A indústria paulista cresceu 2,7% na mesma comparação. Temos de olhar para o acumulado de ganhos ao longo da última década e também para as perspectivas positivas. Esse é o nosso parâmetro para negociação.
Ainda assim, não tem sido fácil dialogar sobre aumento real. Esperamos que nos próximos dias sejam feitas propostas, caso contrário vamos ter de vencer a resistência na luta nas portas de fábrica’.
Jorge Nazareno, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco