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No Fórum Social, a afirmação de um mundo melhor para a maioria
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
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Empregos de qualidade, incorporação de jovens, mulheres e trabalhadores com mais de 40 anos de idade no mercado de trabalho é o que o Brasil passou a fazer nos últimos anos e poderá manter desde que siga visualizando o bem estar e a qualidade de vida da população como meta principal.
Em 2001, quando da primeira edição do Fórum Social Mundial, a globalização já era uma realidade e o sistema econômico em vigor pregava a saída do Estado da economia e uma suposta capacidade do mercado de regular as relações comerciais, sociais e políticas automaticamente.
A doutrina conhecida como neoliberal via um revigoramento do capitalismo que a crise econômica mundial de 2008, aprofundada em 2011, mostrava em contrário: sem a intervenção do Estado, não há nação que sobreviva e o mercado é guiado pela especulação e visa o lucro em primeiro lugar.
Nos Estados Unidos, Europa e Japão, países do capitalismo central, não fosse o Estado injetar bilhões de dólares, as economias teriam falido, juntamente com os conceitos de “Estado Mínimo” e “mercado auto-regulável”.
Enquanto caía por terra a visão que dava mais valor ao capital que à produção, nações como a China, Índia e Brasil emergiam investindo no mercado interno e nos programas sociais, apostando justamente no enunciado “Um Novo Mundo é Possível”, apregoado há uma década pelo movimento social e setores progressistas, entre eles a Força Sindical, que idealizaram o FSM em contraposição ao Fórum Econômico de Davos, na Suíça. Este anualmente reúne a nata do pensamento capitalista.
Hoje, quando o Fórum Social Temático 2012, que se realiza novamente em Porto Alegre, entre os dias 24 e 29/01, focaliza o tema “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”, são crescentes as greves e protestos no denominado Primeiro Mundo. Ao valorizar o mercado interno e o salário mínimo, por influência das centrais sindicais, o Brasil avançou da oitava para a sexta posição entre as maiores economias do planeta.
Empregos de qualidade, incorporação de jovens, mulheres e trabalhadores com mais de 40 anos de idade no mercado de trabalho é o que o Brasil passou a fazer nos últimos anos e poderá manter desde que siga visualizando o bem estar e a qualidade de vida da população como meta principal.
Assim, o outro mundo prenunciado pelo FSM é mais que possível; é realizável.
Nilton Neco é presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre, secretário nacional de Relações Internacionais da Força Sindical e membro do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), eleito na 100º Conferência Internacional do órgão das Nações Unidas (ONU), em 2011, em Genebra, na Suíça.