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No rumo certo
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
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Da estagnação ao assombro. Trabalhar 80 horas? Terceirização da atividade fim? Mudanças nas regras do auxílio doença e da aposentadoria por invalidez? Não bastasse a ameaça constante da flexibilização da CLT sobre nossas cabeças, uma MP agora quer que o trabalhador volte ao trabalho em no máximo 120 dias, tenha ele a doença que for. Que país é esse?
Mais uma vez, aquele que constrói a riqueza do Brasil é quem vai para o sacrifício, tendo que pagar a conta da corrupção, da má gestão e dos desmandos. Isso é inadmissível!
Agora, a valorização do salário é um problema, mas as altas taxas de juros, não. Até quando teremos governos a serviço da especulação financeira e dos banqueiros? São as altas taxas de juros que inibem o investimento. Quem vai investir na produção num país onde a taxa de juros beira 15%?
Os supermercados voltaram a usar com frequência aquela maquininha de remarcação de preços, que o trabalhador conhece tão bem. Ela é movida por uma inflação crescente, que corrói nossos salários e nosso poder de compra.
Mexer na aposentadoria e na Previdência Social é outro crime contra a sociedade brasileira. Vamos ter que trabalhar mais (e sob que condições?) para garantir uma aposentadoria melhor.
Não podemos nos deixar enganar nem acreditar que os louros da vitória virão sem nossa mobilização e luta. As centrais sindicais estão unidas, mais uma vez, em defesa dos direitos e das garantias trabalhistas. Estão mobilizadas, dizendo em claro e bom som que não vamos permitir retrocessos.
Todos os Sindicatos da Força Sindical do Rio de Janeiro estão mobilizando suas bases para a luta, em prol da classe trabalhadora. As ações se intensificaram a partir do dia 16 de agosto, Dia Nacional de Lutas pelo Emprego e Direitos.
As centrais tiraram, acima de suas divergências, uma pauta unificada, que, na visão do trabalhador, é o rumo que o país deve trilhar em busca da volta do crescimento. Este é o rumo certo! Qualquer proposta diferente do que defendemos só vai aprofundar a desigualdade social e ferir, ainda mais, a dignidade do cidadão brasileiro.
Carlos Fidalgo, presidente da Força Sindical-RJ