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Nós ligamos 180!
quinta-feira, 29 de maio de 2014
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Embora o assunto da violência contra mulher seja pautado volta e meia, ainda não é o suficiente para mudar o “status quo” de nossa sociedade. Por isso, as campanhas educativas lançadas pela Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República – SPM são sempre bem-vindas.
A campanha “Eu ligo” lançada dia 22 de maio, tem como foco estimular a sociedade a abandonar a indiferença diante da violência contra a mulher. Não basta que apenas a vítima procure a proteção e justiça que necessita, é fundamental que sua família, seus amigos ou vizinhos não sejam espectadores passivos da violência, justificando-se com o velho adágio: “em briga de casal, não se mete a colher”. Isso já era, ficou lá trás, tem de acabar definitivamente.
Não é possível que as pessoas continuem coniventes com este abuso praticado diariamente, que acaba se transformando em estatísticas de morte estarrecedoras. Quem cala consente, compactua, é culpado também! A violência imposta às mulheres pela força bruta gera medo, submissão, exclusão culminando em graves sequelas e morte. Praticar “tolerância zero” torna-se um imperativo. Não é aceitável ver e calar.
A SPM tem realizado desde sua criação um trabalho exemplar de conscientização e implantação dos mecanismos que a lei dispõe para a proteção das mulheres, aplicando políticas de apoio às vítimas da violência, de proteção à família, favorecendo e ampliando recursos sócio-econômicos, apontando o caminho para uma melhora na qualidade de vida da mulher e sua família. Entretanto, é necessário o apoio e engajamento integral da sociedade para que os resultados sejam mais rápidos e positivos.
Assim, sempre é bom lembrar que todas as pessoas são responsáveis pela erradicação da violência, um ato vergonhoso; a obrigação de denunciar cabe a qualquer um que a testemunhe, mas está faltando responsabilidade, compaixão, solidariedade e senso de justiça. Está faltando lembrar que a violência em casa também vai para a rua e para outros ambientes, transformando-se em violência policial, violência criminal, violência justiceira, violência contra os direitos humanos e que você que se cala pode ser a próxima vítima.
A violência doméstica tem sido um problema crônico que atinge crianças, adolescente e mulheres, causando muito sofrimento e desajuste, vamos mudar essa realidade, se você presenciar, ligue 180, peça auxílio.
Helena Ribeiro da Silva, presidenta do Seaac de Americana e Região e Secretaria Estadual da Mulher da Força Sindical