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Números gordos
terça-feira, 15 de junho de 2010
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Todos estamos assistindo ao espetáculo do crescimento ainda que alguns renitentes insistam em subestimá-lo, criar limites artificiais para ele ou torcerem contra. Torcem contra o Brasil.
O movimento sindical faz parte do espetáculo do crescimento. Todas as reivindicações e todas as vitórias dos trabalhadores reforçam – sem exceção – o desenvolvimento econômico. Os trabalhadores são o maior fator pro-cíclico da economia. Ou, como recentemente falou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, na OIT em Genebra: “os trabalhadores não são apenas promotores de justiça social mas também instrumentos de correção dos desequilíbrios da globalização”.
Na terça-feira, 15 de junho, o jornal Brasil Econômico confirmando isto, estampou em sua capa que os “dissídios vão injetar cerca de R$ 10 bilhões reais no consumo” dando conta que as negociações de reajustes das principais categorias de trabalhadores vão engordar em 30% a massa salarial no segundo semestre deste ano. A renda extra,completa o jornal, vai para o consumo de bens e serviços e não pressiona a inflação porque a produtividade tem se mantido alta, como informam outras matérias analíticas.
Quando lemos o texto geral os números engordam ainda mais (mesmo com o erro de soma da reportagem, que eu corrigi): “considerando os reajustes já efetuados e os que poderão vir, a estimativa é que a partir de dezembro de 2010 sejam injetados cerca de R$ 21,6 bilhões extras- isto sem considerar novas contratações. Se a geração de novos postos de trabalho seguir no mesmo ritmo da média dos últimos 12 meses, devem ser injetados pelo menos mais R$ 12 bilhões na economia ao longo do ano que vem. Seriam R$ 33, 6 bilhões a mais para estimular o consumo e o crescimento”.
Os números gordos traduzem a conjuntura e atestam o protagonismo do movimento sindical que conquista aumentos reais para os trabalhadores.
João Guilherme, consultor sindical