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O atual modelo político e econômico se esgotou. E naufraga no mar da corrupção!
segunda-feira, 14 de março de 2016
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Em proporções nunca vistas, milhões saíram às ruas do Brasil para pedir o impeachment da presidenta Dilma Roussef.
Todo mundo viu o caudaloso mar de gente na Avenida Paulista.
As manifestações, ordeiras, mais que dobraram de número em todos os pontos do País.
Contra fatos, não há argumentos.
A falta de articulação política, a total perda de rumo na economia, a inflação em alta constante, o desemprego e, sobretudo, a corrupção nunca antes vista, estão sepultando a administração petista.
Com certa arrogância, o PT sempre se mostrou como santo de vitral e reduto de virtudes inabaláveis. Ora, de um santo se espera mais, muito mais do que de pobres mortais. A cobrança é maior e tem o céu como limite.
Mas o grande problema petista reside na falsidade ideológica e no estelionato eleitoral. Mesmo antes de assumir seu segundo governo, Dilma conseguiu a proeza de fazer vaca tossir, mexendo em direitos do trabalhador, o que havia jurado jamais fazer.
Ali começou a derrocada. E, com o passar do tempo, Dilma não procurou se redimir. Continua tentando atacar conquistas históricas, como o da Previdência, por exemplo.
Quer, inclusive, igualar o tempo de trabalho de homens e mulheres, além de elevar significativamente o tempo de contribuição.
Quem esperaria tal afronta de um partido que se diz dos trabalhadores?
Aos magotes, empresas estão abrindo falência. Não têm mais pernas e folego para continuar produzindo. Quem sofre com isso, em especial, é a classe trabalhadora, que, num repente, perdeu emprego e se viu sem condições mínimas de honrar seus compromissos.
A Operação Lava Jato vai tomando corpo. Delações vão deixando a rainha cada vez mais nua. O mar de lama chegou a Dilma, a Lula e ao cardinalato do PT.
As empreiteiras, certas empreiteiras, começam a abrir o bico. O desvio de dinheiro, em forma de propinas, é alto. Seus números não cabem numa calculadora.
São bilhões de corrupção para assegurar certas vantagens em obras do governo, enquanto para os operários dessas empresas da Construção Civil resta demissão e salário minguado, num paradoxo cruel.
A gula petista e sua inconsequência põe em cheque o sistema político brasileiro.
Que ninguém se engane. O povo não está nas ruas em prol de um partido ou outro, mas sim porque está descontente com tudo e todos.
Como se julga santo – e santo não erra – o PT usa da arrogância. Continua a se portar como o único que marcha certo no batalhão. E isso arrefece ainda mais o estado de coisas.
O modelo que aí está se esgotou. É preciso mudar de curso. Mas Dilma tem força para tanto? Se um esquálido mosquito nela pousar vai à nocaute. Beija a lona.
O momento é difícil. Não comporta oportunismos nem aventuras. A história contemporânea do nosso Brasil está em xeque. Responsabilidade é a palavra de ordem.
Ramalho da Construção
Sindicalista e deputado estadual pelo PSDB de São Paulo