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O destino da sustentabilidade passa pelo Chão de Fábrica
sexta-feira, 6 de julho de 2012
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Nós que estamos todos os dias no Chão de Fábrica, além dos braços e músculos, temos cérebro, olhos e ouvidos. Muitas empresas desprezam nossos cérebros, querem apenas trabalhadores que cumpram ordens.
Mas estamos cada vez mais conscientes da necessidade de as empresas e as grandes corporações a que estão vinculados aprendam a nos ouvir e a respeitar nossos pontos de vista.
Porque estamos envolvidos nas 24 horas do dia na geração de riqueza, transformamos lingotes de ferro em verdadeiras obras de arte, com o uso de energia de máquinas poderosas, que jamais funcionariam se não tivessem a participação de nossos cérebros treinados a conduzi-las.
Mas ainda não temos autonomia para frear a indiferença das nossas chefias para com o destino do Planeta. Participamos, mesmo cumprindo ordens, de atividades que nos enchem de pânico quando sentimos o efeito que acarreta na natureza.
Porque, infelizmente, mesmo nos esforçando, a sustentabilidade ainda não chegou no Chão de Fábrica.
É preciso discutir novos avanços gerenciais. Como temos as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, as Cipas, que tenhamos também maneiras de coletivamente avaliarmos o impacto ambiental de tudo aquilo que produzimos.
Para onde vai o esgoto da fábrica e os seus resíduos? Quem manipula o lixo da fábrica? Quem cuida do ar ambiente e dos seus efeitos tóxicos nos seus trabalhadores e na vizinhança da fábrica?
São essas questões que deveríamos discutir sempre, nas 24 horas do dia, quando estamos entregues à labuta. Para agregar sustentabilidade do Planeta às nossas atividades no Chão de Fábrica. Quem sabe que dentro do espírito da Rio+20 tenhamos condições de fazer esse tema avançar junto à indiferença dos capitães da indústria?
Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretario geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá