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O novo Fórum Nacional de Desenvolvimento Produtivo
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
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O governo federal, as centrais sindicais e o setor produtivo estão dando um importante passo na direção de um entendimento que pode trazer inúmeros benefícios para a economia e destravar setores produtivos que hoje estão praticamente paralisados, em função da crise, e que desempregaram em massa.
Em uma audiência, ontem, em Brasília, o ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, os deputados federais Sandro Mabel e Paulo Pereira da Silva, dirigentes da Força Sindical (João Carlos Gonçalves), CUT e UGT, inclusive eu, na qualidade de presidente da CNTM, representantes do Ipea, CNI e Dieese começaram a discutir a reativação das câmaras setoriais. Neste primeiro encontro ficou decidido que as câmaras passarão a se chamar Fórum Nacional de Desenvolvimento Produtivo, para que possa desenvolver uma política nacional para cada setor e gerar um ambiente de negócios para que o País volte a crescer e a gerar empregos.
O Fórum vai avaliar os setores que mais precisam de incremento, discutir os temas que estão causando problemas e propor soluções. O órgão será permanente, como reivindica o movimento sindical, para que possa desenvolver as políticas nacionais necessárias, e parte de experiências que já acumula de outros fóruns.
A indústria será um dos primeiros setores a receber atenção. O Fórum vai abraçar 17 setores da economia, entre eles, construção pesada, agronegócio, siderurgia, exportação etc. e a política nacional que se pretende construir visa fortalecer cada um, de forma que não venham a ser atropelados por crises.
O Dieese e o Ipea vão discutir o regime de competências e as composições. A próxima reunião do grupo será na próxima terça-feira, dia 27, no Palácio do Planalto, quando será apresentado o primeiro plano de prioridades setoriais e onde os poderes Legislativo e Executivo Federal agirão em conjunto, para solucionar medidas do Congresso Nacional que facilitem a tramitação de propostas já em andamento.
A expectativa é positiva, levando-se em conta que a participação e o esforço são tripartite.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região