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O que deve ser feito
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
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O presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi Miguel Torres e o assessor de imprensa Jorge Pires visitaram a Folha de S.Paulo.
Esta iniciativa, que deveria ser mais costumeira no movimento sindical, revela a preocupação do dirigente em informar aos meios de comunicação, sempre que possível e das mais diversas formas, o andamento da crise em seu setor, as dificuldades por que passam os trabalhadores representados e as medidas de resistência que o sindicato anda tomando.
Há, no gesto, o repúdio ao “escondimento” dos problemas e uma clara opção pela transparência.
Recentemente foi publicado que o presidente Miguel havia se reunido junto com outros dirigentes com o ex-presidente Lula e que pretende se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique logo que ele retorne de suas férias no exterior. Aqui a preocupação, além das mencionadas na visita à Folha, é a de articular uma ampla frente em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores, contra a desindustrialização, em particular do ramo metalúrgico bastante afetado pela crise e pelo ajuste econômico, mas não só de agora.
Posso dar o testemunho que o presidente Miguel, em suas funções também na Força Sindical e na confederação dos Metalúrgicos, tem sido incansável na defesa da unidade de ação das centrais e do movimento sindical.
Em sua base tem realizado um trabalho de mobilização, junto com os diretores da entidade, atendendo às exigências dos trabalhadores e buscando para eles as melhores soluções, em geral, procurando preservar empregos e defender, com a queda dos escorchantes juros a própria atividade das empresas.
Não considero o Miguel um dirigente melhor que outros; considero apenas que está fazendo o que deve ser feito como dirigente sindical e sem politiquices.
João Guilherme, consultor sindical