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Para que a maioria fale mais alto
quinta-feira, 10 de março de 2011
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O Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que existem 4 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. Cidades como Santos (SP), Recife (PE) e São Caetano do Sul (SP) beiram os 54% em prevalência de mulheres entre suas populações.
Mais que uma maioria numérica, os dados mostram um fato que é inegável: a necessidade de se garantir políticas públicas que olhem pela igualdade de oportunidades, dentro e fora do mercado de trabalho, nos mais diferentes espaços de vivência dessas cidadãs.
Falamos da maioria da população brasileira que precisa ver seus direitos respeitados. Maioria que ajudou eleger Dilma Rousseff para a Presidência da República.
Porém, esse é um caminho de mão dupla. Assim como temos o papel de cobrar, também temos que nos engajar e lutar. As mulheres só terão igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, só haverá menos preconceito, só haverá mais respeito, se ampliarmos nossa participação nos espaços de decisão.
Os espaços são vários: o movimento sindical, as Cipas (Comissões Internas de Prevenção a Acidentes de Trabalho), as comissões de PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), as comissões de fábrica, as associações de bairro, os partidos políticos. Só intervindo mais é que vamos conseguir dialogar com os homens e, assim, em parceria, construir políticas públicas que realmente transformem a realidade em que o preconceito ainda fala mais alto que os números.
Gleides Sodré – diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, secretária Nacional da Criança e do Adolescente da Força Sindical