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Para retomar o crescimento econômico
terça-feira, 14 de novembro de 2017
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Que a economia tem dado tímidas mostras de recuperação é fato. O desemprego, por exemplo, caiu de quase 14,5 milhões de desempregados para cerca de 13,2 milhões nos últimos meses. Uma recuperação fraca e lenta, mas é sempre uma recuperação. Os juros, apesar de uma sequência de nove reduções “conta gotas”, continuam elevados ante um cenário econômico estagnado, com uma taxa de desemprego ainda assustadora, produção e consumo que reagem vagarosamente e, ainda, a desconfiança e a incerteza que se fazem presentes na vida de milhões de brasileiros, principalmente aqueles de menor renda.
Outro fator que preocupa é que, conforme informações divulgadas pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação está caindo, mas esta queda anunciada não está sendo percebida pelos consumidores, que discordam que os preços estão menores, chegando até a questionar os dados.
A verdade é uma só: para um combate efetivo às demandas que afligem o nosso povo, é preciso que nossos governantes reavaliem seus conceitos e olhem o Brasil com outros olhos. Para tanto, faz-se necessário que se combata com eficácia o desemprego, hoje o grande mal a ser contido; que políticas que baixem os juros e que barateiem o crédito sejam elaboradas e levadas adiante; que os investimentos no setor produtivo e no setor público sejam intensificados, assim como em obras de infraestrutura; que a inflação seja definitivamente controlada.
Com os juros nas alturas, uma carga tributária que causa insônia nos contribuintes, o alto custo tarifário, a precariedade dos serviços públicos e da infraestrutura e, ainda, com as consequentes reduções dos investimentos públicos em todos os setores da economia, não sairemos do lugar.
A nossa retomada econômica e social depende, em muito, de boa vontade política e de coragem para mudar. Mas desde que estas mudanças visem, apenas, o nosso desenvolvimento, e não ataquem justamente aqueles que menos têm a ver com tantos problemas: os trabalhadores brasileiros!
João Carlos Gonçalves – Juruna
Secretário-geral da Força Sindical e vice-presidente dos Metalúrgicos de São Paulo