Aquele sindicalismo que conhecemos desde a mais tenra idade, de contestação e confronto, não existe mais. Acabou! Sucumbiu ante a enxurrada de novidades advindas das constantes mudanças comportamentais, de ideias e ideais, de linhas de pensamentos e da implementação de novas tecnologias. E o movimento sindical como um todo, aqui e lá fora, teve de adequar-se a essas mutações contemporâneas sob pena de sacrificar sua própria existência.
A Força Sindical sempre pautou sua atuação numa conduta em cujo ápice se encontram os trabalhadores brasileiros. Nunca nos contentamos em ser os “representantes dos trabalhadores” de nossas entidades filiadas. Ou “a voz dos trabalhadores” perante esta ou aquela situação. Não! Sempre procuramos interagir com nossos representados, ouvir suas demandas e propor soluções em conjunto. Uma só andorinha não faz verão, mas uma revoada com centenas, milhares desses pássaros, é capaz de ofuscar até a luz do sol.
O sindicalismo de hoje exige esta participação em conjunto. E o 8º Congresso Nacional da Força veio lançar esta ideologia, esta necessidade. Trabalhamos diuturnamente em várias frentes de batalha, e temos de estar capacitados para vencê-las uma a uma, unidos, mobilizados e coesos.
As propostas tiradas pelos grupos de trabalho durante os três dias do evento, mesmo aquelas não utilizadas num primeiro momento, ficam em “stand by”, podendo ser rediscutidas ou aproveitadas quando se fizer necessário.
Hoje sabemos que o diálogo democrático e objetivo funciona melhor do que a contestação, e o respeito a uma opinião antagônica melhor do que o confronto. E é isto que buscamos incutir nos nossos dirigentes de todo o Brasil. Não somos os donos da verdade. Somos, isto sim, operários erguendo um grande País tijolo por tijolo… dia a dia. E este nosso trabalho não tem fim!
A todos os que participaram do nosso Congresso, e mesmo àqueles que, por qualquer motivo, não puderam estar conosco, nossos agradecimentos e o desejo de que nos vejamos antes do próximo Congresso, daqui a quatro anos!
João Carlos Gonçalves – Juruna
Secretário-geral da Força Sindical e vice-presidente dos Metalúrgicos de São Paulo