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Pelo fim do Fator Previdenciário
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
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Um dos espinhos na garganta do movimento sindical é o chamado Fator Previdenciário. A fórmula, criada durante o governo Fernando Henrique, faz parte das seguidas tentativas de reforma da Previdência Social, por diferentes governos, cujo objetivo, sempre, é dificultar a vida do segurado da Previdência.
Que problemas traz o Fator? Primeiro, retarda a concessão das aposentadorias. Segundo, reduz o valor do benefício de quem se aposentar segundo as regras em vigor.
O fim do Fator Previdenciário une todos os segmentos do sindicalismo e tem sido motivo de frequentes atos e mobilizações unitárias, nas bases sindicais e também no Congresso Nacional. No momento, o conjunto do sindicalismo tenta negociar com o governo uma fórmula que reduza os efeitos negativos do sistema em vigor. A ideia é tratar desse assunto com a própria Dilma.
Reunião – Após mais um ato em Brasília, no final da tarde desta terça (4), o movimento sindical deve avançar para tratativas efetivas com o governo. A ideia dos dirigentes é chegar até Dilma, ou em quem ela designar, com uma pauta mais extensa, que não seja apenas de reivindicação.
O sindicalismo quer debater com o governo federal pontos em comum entre as Centrais e de interesse da classe trabalhadora, entre eles a continuidade da política de redução da taxa de juros, a ampliação do crédito para o setor produtivo, o aumento real no salário mínimo e a implementação de outras medidas que aqueçam a economia, especialmente o setor industrial.
Diferenças – Na época do governo Lula, o sindicalismo tinha linha direta com o Presidente. Com Dilma, é diferente. Ela não tem os mesmos vínculos com o movimento sindical e costuma trabalhar, sempre, em cima de pontos agendados previamente e que já tenham passado por discussões.
Foi-se o tempo em que se pensava no Estado como um agente paternalista. Nos tempos atuais, o Estado precisa ser presente na vida do País, mas de forma ágil e respeitando a diversidade da base social. Porém, não se pode aceitar, de jeito nenhum, um Estado ausente das questões sociais. Ou pior: um Estado carrasco.
Por isso, é fundamental derrubar o Fator Previdenciário, tornando mais humanas as regras das aposentadorias e a concessão de benefícios aos aposentados. Há duas fases em que o ser humano mais precisa de proteção: quando é criança e quando chega à Terceira Idade. Eu sei disso, você sabe disso e tenho certeza de que a Presidente Dilma também tem consciência disso.
O fim do Fator Previdenciário fará bem ao trabalhador e a toda a Nação.
José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos