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Precisamos todos rejuvenescer
segunda-feira, 5 de junho de 2017
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A esperança é algo que ainda nos move, que ainda alimenta nossos sonhos e a certeza de que as mudanças são possíveis, apesar das manobras executadas pelas velhas raposas que pensam ser donas dos nossos destinos e de nossas vidas.
No artigo anterior deixei expresso o sentimento de mudança, de renovação e principalmente de ver nosso Brasil e em especial o nosso Amazonas e apesar da escolha comprovadamente desastrosa na ultima eleição municipal, a nossa querida Manaus livres dos fantasmas do passado.
Homens que um dia representaram em algum momento a esperança de mudança no comando das nossas instituições públicas, de nossos governos, transformaram-se em cruéis tiranos que oprimiram e ainda oprimem nossa gente e nos relegam a miséria, ao descredito, a violência crescente e ao caos diários que nos colocam em situação muitas vezes de desespero e total descrença nos que se apresentam e ocupam cargos eletivos como homens públicos. Chegamos quase sempre a duvidar que em algum momento essa situação possa mudar, que possam surgir homens honrados e comprometidos com o coletivo cidadão e que não se contaminem pela velha, tradicional e vergonhosa forma de conduzir a política.
Ainda que estejamos cercados de homens mentirosos, que já passaram por nossos governos e que nada ou quase nada de bom praticaram ou deixaram como legado de suas gestões, e que ressurgem como fantasmas famintos prometendo tudo o que já prometeram e nunca fizeram, se dizendo experientes e que com sua experiência hão de solucionar os problemas que aí estão, como se os mesmos não fossem os principais causadores destes problemas; temos a opção de olhar para alguém que de repente teve a oportunidade de ocupar o cargo máximo de governante do nosso Estado e que tem demonstrado boa vontade e seriedade, solucionando de forma simples o que outros que por aqui passaram não fizeram por falta de respeito ao nosso povo.
Destravar os cofres e pagar salários atrasados, retomar obras e acenar para convênios, acordos e ações de planejamento que visam a curto prazo a retomada do desenvolvimento do Estado e valorização da nossa gente, a exemplo das filas de hospitais que estão sendo eliminadas com a otimização do atendimento no serviço de saúde pública e principalmente ouvindo a população e seus representantes. Isso demonstra que quando se quer se faz, condições para isso têm, faltou sempre foi respeito a coisa PÚBLICA, o que não se fez ao longo de tantos anos.
Outro ponto nevrálgico é a questão da segurança pública e principalmente a valorização de seus agentes e a reposição e aumento de efetivo, este que a cada dia tem diminuído, seja por aposentadoria ou por morte, por causas naturais ou criminosas. Precisamos urgentemente de investimentos na segurança pública e na educação, precisamos de mais postos de trabalho e investimentos em meios alternativos para que a população tenha ocupação e meios legais de sobrevivência a fim reduzir os índices alarmantes de violência e de exclusão social. Condições para isso têm e no momento temos um governante, ainda que temporário, dando clara demonstração de que é possível fazer e o tem feito, o que nos acende a luz da esperança.
Na condição de Policial Civil, Economista, pai de família, cidadão de bem e eleitor consciente, afirmo que é chegada a hora de fazermos a melhor escolha, que não nos dobremos aos encantos dos velhos botos que como sereias seduzem e depois devoram. Não nos agrada o jargão do “rouba, mas faz”. Queremos ação, seriedade transparência e para termos o que é tão simples de se fazer e tão distante da realidade praticada, devemos todos renovar nosso modo de ver, de pensar, de avaliar e de eleger nossos governantes, de renovar sim nossas esperanças de ver a justiça social acontecer como algo comum e não inusitado, ver a educação de qualidade com professores valorizados, a saúde de qualidade com profissionais valorizados desde a zeladora ao diretor do hospital, ver a segurança valorizada desde a cadeira da recepção das delegacias ao salário do secretário de segurança, ai sim veremos acontecer o que tanto acreditamos ser possível.
Por fim, não dá para ficarmos repetindo erros já cometidos. Não se entra duas vezes no mesmo rio; rio parado vira pântano, árvore que não busca o sol não cresce, assim também na escolha dos nossos representantes é melhor avaliar os que ai estão e os que já passaram e querem voltar a dominar a parte alta do riacho como o lobo, e acusar a ovelha que bebe na parte baixa de estar sujando sua água e assim devorá-la, justificando sua ação, como é o caso das reformas de Temer. Pensemos bem então antes de decidirmos por pesquisas encomendadas, os politiqueiros envelheceram e nós precisamos todos rejuvenescer.
“No presente a mente o corpo é diferente e o passado é uma roupa que não nos serve mais” (Belchior)
Odirlei Araujo é Bacharel em Ciências Econômicas, Escrivão de Policia Civil e Vice-Presidente do SINPOL-AM.