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Protestos e causas coletivas
quinta-feira, 20 de junho de 2013
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“Toda manifestação é legitima quando sabemos o que queremos expressar. Nosso País tem mesmo ainda um longo caminho a percorrer, pois essa dívida social e política tem sido superada em passos nem sempre tão largos e comprometidos quanto todos nós queremos.
Viver a democracia é maravilhoso, ver as pessoas tendo o direito de gritar a plenos pulmões o que sente e pensa já teve um preço bem alto a nós brasileiros e brasileiras. E não devemos esquecer desta parte da nossa história. Mas quantos dessa juventude que hoje corre as ruas a conhece?
Ouço as pessoas dizerem que a sociedade quer uma revolução e eu acredito que ela tem que vir mesmo, mas até onde ela não é também de nossa própria responsabilidade? Ela tem que vir só das instituições ou deve começar dentro de nossas próprias casas e comunidades?
Pedimos respeito! Mas onde está nosso respeito pelos idosos e pelas crianças? Quem vai para as ruas junto com os aposentados e pensionistas quando o assunto é previdência social? Ou trabalho infantil?
Queremos segurança! Mas são os filhos de quem que estão comprando a droga que hoje destrói famílias inteiras? E não me digam que isso tem classe social.
Pedimos Paz, mas a violência também está dentro de nossas casas, e quando essas vítimas vão as ruas quase sempre são minorias.
Pedimos transparência na política! Mas quem é que tem votado nestes corruptos, ou naqueles que são fabricados pela mídia? Vamos lembrar que tem deputado que foi recorde de voto (no estado de São Paulo para citar um exemplo) porque a população achou que votar nele era uma forma de protestar, e hoje amargamos mais um que não tem compromisso social com a sociedade brasileira.
Que bom que nossa sociedade quer mudança. Este poder vem do povo e saber a força disso é uma tremenda de uma responsabilidade. Não dá para apoiar aquilo que permite depredação ou destruição em nome de uma causa, porque a CAUSA tem que ser maior que a minha insatisfação ou vontade própria. Uma CAUSA não olha para o indivíduo, ela tem visão de mundo e alcança o coletivo. Uma CAUSA tem que ter nome e endereço, porque aí sim ela será uma CAUSA com identidade. Esta merece que muitos mais de nós, ou melhor, todos nós nos juntemos a ela”.
Mônica Veloso, vice-presidenta da CNTM