Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
Ramalho da Construção comenta “pacote de bondades” para a indústria
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Artigos
Esse governo, que já dura 10 anos, mais uma vez prova que é lento e desorganizado. Começando pelo evento desta manhã no Palácio do Planalto, que teve gente barrada, filas intermináveis e cerimonial despreparado. Mas isso não importa, uma vez que o que se viu no “pacote de bondades” anunciado hoje, foram medidas que só servem para tapar o sol com a peneira. É o famoso copo de bêbado, com fundo falso de vidro, que engana o sujeito, que pensa estar tomando uma dose inteira, mas na verdade só recebe um dedinho da bebida.
De que adianta desonerar a folha de pagamento se no final do ano haverá imposto de até 2,5% do faturamento para pagar ao governo? O governo reduz o IPI agora, funciona como remédio, mas não cura a doença. Depois, quando as alíquotas voltarem ao patamar normal, como é que fica? É só ver o caso da indústria automobilística, que depois da volta do IPI cheio, teve queda acentuada nas vendas.
E a previdência, como vai ficar sem a contribuição patronal? De onde vai sair o dinheiro para cobrir esse rombo? Provavelmente de onde não deveria: habitação, saneamento, educação…
O resumo da ópera é o seguinte: o PT prometeu, há mais de 10 anos, durante a primeira eleição de Lula, realizar uma ampla reforma fiscal, que nunca veio e sequer foi discutida pra valer no Congresso. Enquanto isso não acontecer, vamos continuar empurrando com a barriga, de pacote em pacote, e ver nossa indústria sofrer, nossa economia patinar e nossos empregos se tornarem cada vez mais frágeis.
Abaixo veja as principais medidas anunciadas hoje em Brasília.
Antonio de Sousa Ramalho, secretário nacional de Relações Trabalhistas e Sindicais do PSDB, vice-presidente da Executiva Nacional da Força Sindical e presidente do SIntracon SP