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Repúdio ao tráfico de pessoas e pelo enfrentamento à violência contra as mulheres na América Latina
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
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Companheiros e companheiras
No período de 25 de novembro a 10 de dezembro será realizado em todo o mundo, a Campanha pelo Fim da Violência contra as Mulheres, sendo esta data de 25 de novembro o Dia Internacional pela Não Violência contra a Mulher.
Na América Latina, a pobreza, o desemprego, a esperança de melhoria das condições de vida, a situação de violência doméstica e familiar, levam milhares de mulheres a sair do país de forma clandestina, ou seja, grande parte de cidadãos latinos americanos vivem fora das fronteiras de seus países.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho – OIT, muitos desses cidadãos são vítimas do tráfico de pessoas e alvos de exploração sexual, sendo que uma parcela considerável é aliciada para exploração no trabalho, sendo que muitos também sofrem com a combinação de ambos os tipos de exploração.
O tráfico de pessoas é o segundo negócio ilícito mais rentável, o qual só perde para o tráfico internacional de drogas. Esta realidade revela a urgente necessidade de execução de medidas sócio econômicas e de uma readequação das políticas de combate à violência contra a mulher.
No Brasil, em especial, em decorrência da Copa do Mundo de 2014, esta realidade (prostituição, exploração sexual e trafico de pessoas) tende a aumentar, no entanto, essa realidade infelizmente também faz parte da grande maioria dos países da America Latina.
Dito isto, as Mulheres Sindicalistas, reunidas no dia 22/11, aqui em Buenos Aires, deliberaram pela intensificação da luta contra esta realidade, neste sentido, solicitamos que a ICEM não envide esforços em:
1. Orientar os Sindicatos Filiados a lutarem pelo direcionamento das políticas públicas já existentes nos mais diversos países, com objetivo a reduzir as chances de tráfico de pessoas;
2. Enviar carta ao governo dos diversos países, solicitando a realização de ações firmes de combate ao trafico de pessoas, com objetivo a evitar a entrada de vítimas em seus respectivos países, criando assim uma rede de serviços que amenize o problema;
3. Criar uma campanha preventiva ao tráfico de seres humanos baseada em exemplos de países que sediaram eventos esportivos de grande porte;
4. Incentivar e apoiar iniciativas com objetivo a ampliação da rede de serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência, bem como, de capacitação de profissionais para atendimento à mulheres em situação de violência nas áreas da saúde, educação, delegacias, casas abrigo, centro de convivência, entre outros;
5. Apoiar ações de sensibilização e conscientização da sociedade na perspectiva de uma nova cultura das relações humanas, visando a prevenção e a erradicação da violência contra as mulheres, bem como, a prevenção ao tráfico de pessoas, através de revisão e adoção de Programas e Projetos Sociais.
Por fim, acreditamos que estas ações fortalecerão a luta por uma vida decente, digna e justa para todos os povos.
Obrigada
Maria Auxiliadora
Secretaria Nacional da Mulher da Força Sindical, diretora da FEQUIMFAR e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Brinquedos e Instrumentos Músicais de São Paulo