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Resiliência do mercado de trabalho fortalece a luta por mais direitos
segunda-feira, 22 de setembro de 2025
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O brasileiro é um povo extremamente inteligente que supera as adversidades com criatividade e trabalho. Essa habilidade foi desenvolvida devido à grande desigualdade social em um país que está entre as 20 nações mais ricas do mundo. Apesar das altas taxas de juros e do tarifário imposto por Trump, a resiliência do mercado de trabalho evidencia que o Brasil poderia alcançar um crescimento sustentável mais significativo caso houvesse investimentos em educação e infraestrutura.
O mercado de trabalho vive a melhor situação de empregos e salários em décadas. O número de pessoas ocupadas no país atingiu um recorde de 102,4 milhões. O aumento do emprego com carteira assinada é o responsável por este resultado. O rendimento médio do trabalhador também cresceu significativamente.
Mesmo diante de todas as pressões, é a força de trabalho que tem proporcionado fôlego e sustentação à economia. A conjuntura requer dedicação do movimento sindical para administrar crises futuras, haja vista que a expansão do mercado de trabalho tende a acirrar a relação entre capital e trabalho.
Os investidores sustentam a necessidade de ajustes fiscais e elevação das taxas de juros, ainda que isso resulte em sacrifícios para os trabalhadores. O tarifaço exigiu do governo liberação de verbas para as empresas poderem reorganizar a estrutura de comercialização, mas os juros atuais vão na contramão desse objetivo. Ao encarecer as linhas de crédito, ocorre a diminuição do consumo e, consequentemente, a estagnação.
A transformação econômica e social requer um diálogo abrangente para desenvolver um programa de produtividade, que abranja qualidade na educação, saúde, qualificação profissional, tecnologia, inovação e infraestrutura.
Esse nível de desenvolvimento é alcançado por países que investem no seu povo. Na China, onde participo de um intercâmbio sindical, tive a oportunidade de conhecer a infraestrutura laboral que valoriza o trabalho humano, mesmo dispondo de uma tecnologia de ponta que é referência mundial.
É imprescindível que aprendamos com os modelos positivos, a fim de que, no futuro, possamos igualmente provocar mudanças, destacando-nos não apenas no âmbito geopolítico, mas também no econômico.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do Sinpospetro-RJ e da Fenepospetro