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Rio+20: A definição do fracasso!
sexta-feira, 29 de junho de 2012
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Fracasso! Essa palavra pode representar o sentimento que emanou e paira sobre nossas cabeças, após vários dias de discussão, debates e ações na Rio+20.
A Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (Rio+20) terminou na sexta-feira (22) e o que se ouvia era um descontentamento de todos. Esse encontro, que teve a participação de organizações dos movimentos sociais e da sociedade civil, sofreu um bombardeio de críticas de todos os setores.
Pudemos perceber que mais uma vez, infelizmente, a Rio+20 repetiu o antiquado plano de falsas soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram tais mazelas. O incrível dessa vez (e isso é consenso) é que foi difícil estabelecer harmonia até mesmo entre os chefes de Estado.
A frase do Sharon Burrow, membro da Confederação Sindical Internacional (CSI), expressa o sentimento dos trabalhadores. “A Rio+20 foi decepcionante. Para os 175 milhões de membros de organizações que representamos, há um profundo sentimento de raiva e frustração.”.
Não existem prazos, nem medidas concretas (como o Protocolo de Kyoto, por exemplo, na ECO92), que nos deem alguma garantia. Diferentemente da ECO92, onde o mundo se inflou de esperança e ações para agir na defesa de um mundo sustentável, a Rio+20 teve mais nome que ação.
É preciso destacar que a classe trabalhadora esteve comprometida com os temas propostos em todos os dias da Conferência. Documentos foram criados, passeatas foram feitas e participamos de todas as discussões acerca do tema para darmos nossa sugestão em busca do desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Não podemos esperar mais 20 anos após o fracasso de 2012. Se as mudanças não foram as que desejamos, precisamos agir por conta própria. A massa trabalhadora muda o mundo desde a época da Revolução Industrial, não será agora que iremos baixar a cabeça e fugir da luta.
Nair Goulart, presidente da Força Sindical/BA