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Rumo ao turno decisivo
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
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Primeiro turno é eleição marcadamente partidária. Os candidatos a cargos majoritários reforçam as posições de seus partidos, procuram difundir seus programas e buscam aumentar as bancadas nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional.
Segundo turno é outra história, porque cada lado da disputa tenta agregar mais apoios, ampliar o arco de alianças e, claro, angariar votos suficientes pra vencer a eleição. O tempo de TV também se iguala, gerando mais equilíbrio na propaganda das candidaturas.
A Força Sindical é uma central pluralista. No primeiro turno, as direções forcistas apoiaram diferentes candidatos, seja porque eles assumiram compromissos com a pauta trabalhista, seja devido a interesses locais ou regionais. Afinal, somos um país continental e com imensa variedade cultural, étnica ou mesmo religiosa.
O segundo turno tende a ser diferente. A reunião da direção na segunda (dia 8) orientou apoiar Márcio França ao governo do Estado e Fernando Haddad a presidente da República. Mas não serão apoios incondicionais.
Com Márcio França, uma das questões é o fortalecimento da nossa indústria. Outro ponto sensível aos dirigentes sindicais é a formação profissional, para elevar o nível de empregabilidade do trabalhador e, claro, aumentar o salário. Afinal, quem é qualificado tem mais estabilidade no emprego e ganha mais.
A pauta junto a Haddad é mais complexa. O movimento cobra mudanças na lei trabalhista de Temer, que é muito lesiva aos trabalhadores. Cobra, ainda, política de efetiva valorização do salário mínimo e, principalmente, uma reforma da Previdência que não tenha imposições descabidas, como fazer a pessoa trabalhar 49 anos pra se aposentar.
Em âmbito nacional, a base do nosso programa está na Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, lançada em junho pelas Centrais e o Dieese. O documento contém 22 pontos e seu eixo principal é uma política econômica que fortaleça o setor produtivo, gere empregos e preserve direitos.
O ambiente eleitoral nacional está muito radicalizado. E muito dessa radicalização se deve, em boa parte, à falta de propostas dos partidos e candidatos. Essa lacuna faz surgirem promessas absurdas, que em nada ajudam a democracia. Diante disso, devemos ser mais racionais no debate, comparar as biografias dos finalistas, avaliar propostas e decidir com a cabeça. Política feita com o fígado é desastre certo.
Paz – O povo brasileiro merece aplauso. Embora as disputas estivessem acirradas, a eleição transcorreu quase sem incidentes. Esperamos que no segundo turno a tolerância também prevaleça e o voto digitado na urna decida, democraticamente, quem deve governar a Nação. Respeitemos o eleitor. Na democracia, a regra é: um homem, um voto.
José Pereira dos Santos – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos
e Região e secretário nacional de Formação da Força Sindical
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
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Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com.br