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São Paulo e Guarulhos devem andar juntas
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
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Depois de amanhã, nossa Capital completa 459 anos. Maior cidade do Hemisfério Sul e uma das metrópoles mais pujantes do mundo, São Paulo orgulha o Brasil e, de certa forma, ainda é a locomotiva que conduz a economia nacional.
Guarulhos é apenas alguns anos mais jovem. Porém, está longe do padrão de desenvolvimento da Capital, pois, ao longo de muitas décadas, esteve fora do planejamento estratégico dos governos, sendo, muitas vezes, tratada pelo poder como arrabalde paulistano.
Muitos fatos comprovam essa afirmação. E seus efeitos nocivos são sentidos pelo conjunto da nossa população, especialmente a periferia mais pobre.
Industrialização – Quando o presidente Juscelino concebeu o polo automotivo, escolheu a região do ABC paulista. Para lá, foram as modernas empresas de automóveis e as maiores fabricantes de autopeças, que abriram grandes oportunidades de trabalho, ofereceram os melhores empregos e também os maiores salários. Guarulhos se virou como pôde, ficando em segundo plano na estratégia do Presidente desenvolvimentista.
Nos anos 70, o Brasil vivenciou um forte ciclo de desenvolvimento. E um dos símbolos dessa época é o metrô, que rasgou São Paulo de Norte a Sul e depois abriu ramais em muitas direções. Menos na direção de Guarulhos.
Na década de 80, foi a vez do Aeroporto Internacional de Cumbica. A obra, de enorme importância para a economia brasileira, foi tocada à revelia da população e do governo guarulhense. A cidade ganhou um extraordinário polo de transporte e serviços, porém desligados de seu núcleo econômico. Assim, os tecnocratas fizeram um aeroporto sem ligação com trem e metrô.
Nas últimas décadas, vimos novos capítulos dessa novela, como o Rodoanel. O setor Norte, que tem impacto direto em Guarulhos, foi o último a ser tocado, e ainda assim não está concluído. Os prejuízos econômicos à nossa população, em razão desse atraso, são imensos.
Por essas, e por tantas outras, São Paulo e Guarulhos não podem andar separadas. As duas cidades, pelo porte econômico, posição estratégica e potencial em comum, precisam andar juntas, ter parcerias e ações efetivas que propiciem desenvolvimento da economia, infraestrutura e melhoria da qualidade de vida da população da região.
Essa tarefa é de todos, cidadãos e entidades. Mas é tarefa, principalmente, do prefeito Almeida, de Guarulhos, e de Haddad, de São Paulo, ambos do PT.
José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e região. E-mail: pereira@metalurgico.org.br – Blog: pereirametalurgico.blogspot.com.br