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Sindicalismo e eleições
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
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Não é simples a relação entre sindicalismo e política. Até porque as diretorias sindicais, no geral, são heterogêneas e os diretores procuram se posicionar conforme suas preferências pessoais.
Independentemente da opção de cada dirigente, o certo é que a tomada de posição seja consciente e o apoio se baseie em projetos viáveis e socialmente avançados.
Penso que uma forma correta é qualificar essa participação. Nosso Sindicato tem visitado bairros, documentando carências e mostrando a necessidade de investimentos maciços na qualidade de vida dos moradores.
Mas há outras experiências interessantes, como o material da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados, que produziu a cartilha “A CNTU, as eleições 2012 e a gestão das cidades”.
Hoje, 80% dos brasileiros moram na área urbana e 50% vivem em metrópoles. A Cartilha da CNTU foca esse contingente e indica 12 prioridades. O item número 1 é Planejamento. Depois vêm Transporte e Mobilidade, Saúde, Educação e Habitação.
O item 9 é Emprego e Empreendedorismo. Diz o texto: “As municipalidades podem e devem ter políticas de desenvolvimento capazes de implementar oportunidades de emprego de melhor qualidade e renda, removendo entraves e estimulando a criação de um ambiente regulatório, econômico e social favorável, além de oferecer serviços de apoio aos agentes públicos e privados interessados em investir e inovar”.
Nossa cidade padece da falta de planejamento. A explosão urbana, a partir dos anos 70, criou uma cidade gigantesca, com graves problemas. E esse crescimento desordenado tem um alto custo econômico e social.
É hora, portanto, de iniciar um novo ciclo de urbanização. Eu defendo a criação de polos industriais em áreas diferentes. Esses polos desenvolveriam as regiões, reduziriam o alto custo do transporte e de logística e, com planejamento, respeitariam o meio ambiente.
Outra proposta é a fusão de Pastas. Por exemplo: Obras e Transporte poderiam integrar uma mesma estrutura, agilizando a gestão. Nossa cidade, hoje, é um polo de negócios, inclusive internacionais. Por que não desenvolver o turismo de negócios?
Há outras questões que dizem respeito aos trabalhadores e aos empreendedores da cidade. Mas, até agora, faltando onze dias para as eleições, não vi esses temas sendo debatidos pelos candidatos.
O movimento sindical tem várias formas de se posicionar nas eleições. Penso que a melhor é identificando problemas de interesse público e indicando soluções.
José Pereira dos Santos é Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região