Muitas pessoas não sabem, mas os profissionais de segurança privada sofrem muito com a falta de reconhecimento, humilhações diversas e precarização das condições de trabalho, além de estarem submetidos a situações de riscos e de estresse diariamente durante o exercício da atividade.
Esta realidade traz sérios danos à saúde mental dos vigilantes, como depressão, baixa autoestima e excesso de ansiedade, precisando recorrer, muitas vezes, a medicações fortes para dormir ou acompanhamento médico específico individual, que não é disponibilizado pelas empresas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 15 anos, os suicídios no Brasil vêm aumentando de forma assustadora. Hoje, o país é o oitavo do mundo com o maior número de casos que, geralmente, podem ser evitados. Infelizmente, a categoria dos profissionais vigilantes também faz parte dessas estatísticas.
Os sindicatos precisam se unir e promover campanhas em favor do bem-estar dos vigilantes, lutando pela implementação de cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho que exija dos patrões a realização de programas de acompanhamento médico-psicológico voltados à prevenção e ao tratamento de doenças mentais que possam prejudicar a qualidade de vida da categoria.
Atenção, vigilantes! Não deixem de denunciar situações de maus tratos e assédio moral, além de condições de trabalho precárias, que interfiram na sua saúde. Os sindicatos precisam do apoio de vocês, trabalhadores, para juntos podermos transformar esta realidade.
Amaro Pereira, vigilante e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri