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Sindicato bom é sindicato forte!
quinta-feira, 3 de março de 2011
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Sabemos que as entidades, os sindicatos e diversas representações patronais, se encontram cada vez mais amparadas e estruturadas junto à nossa sociedade, na defesa de suas ideias, serviços, e porque não dizer, interesses. Seja nas três esferas do poder, no executivo, legislativo e no judiciário, a presença patronal é maioria e constante. Ora, méritos para eles. Temos consciência de que essa não é lá uma situação muito justa, mas seja em relação à disponibilidade de serviços junto à população e no exercício do lobby em defesa de seus interesses, o peso do empresariado está aí para todo mundo ver. Tomemos como o exemplo o próprio Congresso Nacional, composto em sua grande maioria, por representantes do empresariado.
A luta e a unidade do movimento sindical, nesses últimos anos possibilitaram diversas ações e conquistas que nos dia de hoje beneficiam milhões de brasileiros. Além disso, podemos reafirmar que o trabalho e a força do movimento sindical contribuem diretamente com o desenvolvimento social e econômico da Nação. Mas a pergunta que fica é: Será que estamos em pé de igualdade com o lado patronal?
Apesar de toda a nossa gama de serviços e estruturas disponibilizadas para a classe trabalhadora, o movimento sindical não consegue nem chegar perto do poder que as instituições patronais possuem. É a força do capital, é força do lobby empresarial em detrimento a Força dos trabalhadores. Não existe um critério justo, repito, não existe! O que não podemos permitir é que mais uma vez o lado os trabalhadores saiam lesados.
A contribuição sindical está aí e muito já se discutiu sobre a sua erradicação. Em matéria publicada pelo jornal “Valor Econômico”, do dia 2 de março, deste ano, a CUT faz declarações contra a contribuição sindical.
Recentemente, passamos por uma ampla reestruturação sindical, que culminou no reconhecimento das centrais. Na ocasião, foi discutido o fim do Imposto sindical, junto a um processo gradativo e criterioso, objetivando o fortalecimento das entidades sindicais, sem prejuízo à classe trabalhadora, suas famílias, comunidades e, consequentemente, toda sociedade.
Ok! Vamos discutir, vamos avaliar, mas o certo é que defendemos o Projeto de Lei que regulamenta a contribuição assistencial, apesar das dúvidas jurídicas e incertezas quanto à postura do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do trabalho em relação à obrigatoriedade da mesma para todos os trabalhadores, inserida em Acordo e/ou Convenção Coletiva. Ou seja, não vamos e não podemos perder força, pois, não podemos trocar o certo pelo duvidoso. As campanhas salariais, as convenções coletivas, as conquistas dos trabalhadores e aposentados pela valorização do salário mínimo e pela correção da tabela do imposto de renda, entre outras, comprovam que estamos no caminho certo.
Não podermos deixar que tudo o que conquistamos seja relegado a interesses partidários. Acreditamos na unidade das centrais sindicais!
Mais uma vez precisamos levantar nossa voz e lembrar a todos que o desenvolvimento da Nação depende exclusivamente da força dos trabalhadores e trabalhadoras. Sindicato bom é sindicato forte. Não podemos deixar de amparar a nossa estrutura sindical de apoio e luta por direitos e conquistas trabalhistas e sociais. O outro lado está forte e agora que começamos a solidificar o nosso trabalho, querem nos enfraquecer? Não podemos deixar que isso ocorra, a crise de 2008 provou a todo mundo as contradições do neoliberalismo.
Somente através do diálogo, critério e transparência, sempre objetivando o fortalecimento do movimento sindical, é que conquistaremos uma sociedade mais justa e pluralista. Acreditamos nessa Luta.
Sergio Luiz Leite “Serginho”
1º secretário da Força Sindical