Após um ano de lutas realizadas pelo Sindicato dos Vigilantes de Barueri, os resultados da Campanha Salarial 2016 foram pífios e desapontaram totalmente à expectativa da nossa Diretoria.
Após um ano de lutas realizadas pelo Sindicato dos Vigilantes de Barueri, como as reuniões mensais promovidas, na sede, com a missão de elaborar junto com os trabalhadores a pauta de reivindicações em prol do avanço da qualidade de vida dos profissionais da segurança privada do Estado de São Paulo, os resultados da Campanha Salarial 2016 foram pífios e desapontaram totalmente à expectativa da nossa Diretoria.
O nosso compromisso sempre foi de lutar por maior respeito e valorização da categoria, mas infelizmente, apesar de nosso esforço não conseguimos avançar na conquista de demandas que façam, realmente, diferença na vida do trabalhador. No final de dezembro, participamos de reunião, com outros sindicatos que representam a categoria, para fecharmos uma pauta unificada de reivindicações. Entretanto, infelizmente, esta não foi considerada no acerto final com patronal.
Discutimos este triste desfecho para a categoria, durante a última assembleia geral realizada com os trabalhadores da base de Barueri, nos dias 22 e 23 de dezembro, quando analisamos o acordo coletivo final, que entra em vigor já neste mês e não apresenta nenhuma mudança real para o avanço da carreira do profissional do setor.
Não tivemos um reajuste salarial merecido, de acordo com o INPC acumulado nos últimos 12 meses, apenas reposição de 10,97%, sem nenhum ganho real. Com isso, o nosso piso continua sendo um dos mais baixos do Brasil, subindo somente para R$ 1.351,78. O vigilante de instituição financeira, que assume um posto de alta periculosidade, também não conseguiu a aprovação de uma bonificação de 25% sobre o seu salário-base.
O aumento do vale-refeição não foi suficiente. Pedimos um reajuste do benefício para R$ 27, mas só tivemos aprovação do valor de R$ 16,40 por dia trabalhado, o que está longe do ideal. A cesta básica ainda não se tornou obrigatória e depende de um acordo da empresa com o funcionário. As mulheres vigilantes, principalmente as gestantes, ainda não tiveram seus direitos reconhecidos.
Ressalto, mais uma vez, não há crise na segurança privada! O setor cresce cada vez mais à custa da exploração dos trabalhadores. O ideal seria entrarmos em estado de greve geral como resposta a esse ato de desrespeito do patronal, mas ainda não temos número suficiente de trabalhadores dispostos a encarar este desafio.
Este cenário desanimador não vai enfraquecer nosso movimento de lutar pelos direitos da categoria. Neste ano, peço que os trabalhadores juntem-se a nós e participem mais das mobilizações. Sem participação, não há transformação.
Avante, vigilantes!
Amaro Pereira, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri