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Sobre o Dia Mundial de Combate à LER/DORT
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
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O dia 28 de fevereiro é o DIA Mundial do Combate à LER/DORT
Apesar de tudo que se tem feito e falado, as lesões por esforços repetitivos, (LER), ainda continuam em foco, sendo causas de adoecimentos e afastamentos do trabalho em todos os setores laborativos.
O que nos preocupa, no momento, é que, com o agravamento da crise econômica no País, mais desculpas serão dadas para justificar a redução de investimentos na área de segurança e saúde do trabalhador.
Isto, sem dúvida nenhuma, terá uma repercussão bastante acentuada nas estatísticas do INSS e, pior, um aumento não declarado, de inúmeros casos que surgirão naqueles que trabalham no mercado informal; e que não podem arcar com os custos de equipamentos ou outros mecanismos que evitariam seu adoecimento.
Sabe-se que a LER/DORT Independe de faixa etária, raça, gênero. E que depende, sim, das condições e da organização de trabalho.
Quando se olha detalhadamente para a classificação da Ler/DORT, pode-se observar que um dos itens do seu quadro, a dorsalgia, também vem aumentando.
Quantas pessoas sentem dores nas costas e não correlacionam com suas atividades laborais! Outras acreditam que apenas dores nos ombros, braços, punhos e mãos , é que são considerados com relacionados ao trabalho.
E na verdade, a lesão por esforço repetitivo pode ocorrer em vários outros segmentos, dependendo do tipo de atividade que se executa.
Poderíamos falar aqui tudo o que já se sabe sobre esta patologia; de como poderia ser evitada e de como ela corre o risco de continuar crescendo.
Mas, o que queremos é que, com essas considerações, mínimas, lembremo-nos que independentemente da crise, a saúde deve continuar sendo foco prioritário para os sindicalistas.
É hora de aumentarmos a atenção sobre o que está acontecendo com os que trabalham , para que possamos tomar as devidas providências antes da cronificação das doenças.
Num momento de crise, vale mais ainda atentar para as medidas de prevenção e promoção de saúde.
E se sai caro para o empregador investir em prevenção, sai bem mais caro pagar pelo dano causado.
Muito mais penoso ainda do ponto de vista de saúde física e mental, é o trabalhador só ser ouvido ou notado, após ter sido sequelado, algumas vezes de modo irreparável.
Companheiros e companheiras, estamos muito preocupados com a crise econômica, mas, estamos bem mais preocupados em garantir vida saudável para quem , além do peso da crise econômica , pode ser duplamente punido.
Vamos redobrar nossa atenção neste sentido! Olhar atentamente para a crise, sim!
Mas, olhar mais atentamente ainda para que a saúde continue a ser o bem maior daqueles que trabalham !
A vida é maravilhosa! E um dos principais fatores que faz a vida ser maravilhosa, é a saúde.
Vamos preservar esses valores!
Vamos lembrar que a “o custo do cuidado é sempre menor que o custo do reparo”.
João Donizete Scaboli,
Diretor do Departamento de Saúde do Trabalhador da FEQUIMFAR,
Diretor adjunto da Secretaria Nacional e Segurança e Saude do Trabalhador da Força Sindical,
Representante da Força Sindical e FEQUIMFAR e Conselheiro do Conselho Nacional de Saúde e
Representante da Força Sindical e FEQUIMFAR no Conselho Curador da FUNDACENTRO