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Tarefas não faltam
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
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Nesta continuidade com transição, como está ocorrendo, é preciso que o movimento sindical guarde o sangue-frio.
Nunca é demais valorizar a grande vitória que foi a manutenção da pauta unitária, mesmo com as legítimas divisões eleitorais. Agora, mais que nunca, deve-se trabalhar, com unidade, esta pauta.
Os quatro temas fortes prometidos durante a campanha vitoriosa da presidente Dilma precisam ser abordados: a discussão sobre uma alternativa ao fator previdenciário, a manutenção da política de valorização do salário mínimo, a correção da tabela do imposto de renda e os direitos sindicais do funcionalismo.
Além das discussões com a presidente, o movimento precisa – até mesmo levando-se em consideração o conservadorismo reforçado no Congresso Nacional – estabelecer pontes, iniciar conversações e fixar posições com os partidos políticos e suas direções, já que em qualquer um dos quatro temas haverá necessariamente o momento da votação congressual.
O movimento precisa sensibilizar-se pelo tema da industrialização; em particular, os metalúrgicos devem se incumbir de acelerar seu empenho unitário nesta questão, articulando ações comuns que ponham de pé o tripé do governo, empresários e trabalhadores, interessados na questão.
Nenhum direito trabalhista e sindical pode ser violado.
As discussões em curso sobre o fundo de garantia do emprego, além de levar em conta este princípio e inserir-se na luta pela indústria (que apresenta as maiores dificuldades de desemprego e desaceleração) pavimentam o caminho para a quádrupla negociação assinalada acima.
Quanto ao futuro do ministério do Trabalho e Emprego e a escolha do futuro ministro na transição com continuidade, o movimento deve – fortalecendo as iniciativas já tomadas, como as da CNTU e dos professores da UNICAMP – chegar a um consenso sobre o fortalecimento do ministério e sobre o nome capaz de viabilizar esta vontade unitária.
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical