Infelizmente, não temos o governo do nosso lado. Por isso, sindicalismo e setores progressistas precisam manter a pressão. Pra quê? Garantir vacina a todos e que volte a ser pago o Auxílio Emergencial de R$ 600,00.
Nesta terça (9), o Brasil havia vacinado só 1,8% da população. Nesse ritmo, vamos perder a corrida pro vírus. A média móvel de mortes diárias pela Covid-19 está acima de mil pessoas. Absurdo!
Faço aqui um apelo ao conjunto do sindicalismo, às entidades patronais, às associações de moradores, à OAB, ao Conselho de Saúde e às corporações médicas para cobrarmos vacina já. Também apelo ao prefeito que pressione o Estado por mais vacinas e não deixe ocorrer aglomeração nos pontos de vacinação.
Outra questão da maior importância é o retorno do Auxílio de R$ 600,00, cortado em dezembro. Esse Emergencial ajudou a pôr comida na mesa de 67,2 milhões de brasileiros. As pessoas também usaram parte pra comprar roupa e remédio.
A própria imprensa tem registrado o drama das famílias que ficaram sem qualquer tipo de renda. Isso seria ruim em qualquer tempo. Porém, em meio a uma pandemia tão violenta, a perda da renda torna a situação desesperadora.
Vale lembrar que o sindicalismo, especialmente as Centrais, foi quem conseguiu o Auxílio. Bolsonaro não queria pagar nada. Depois, chegou a R$ 200,00. Mas teve de aceitar os R$ 600,00 aprovados pelo Congresso.
Por isso, saúdo a postura dos presidentes da Câmara, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, a favor da volta do Auxílio. Mas Bolsonaro atrapalha de novo, querendo pagar só R$ 200,00, condicionados à Carteira verde e amarela, que visa oficializar a precarização.
A luta por vacina pra todos e retorno do Emergencial de R$ 600,00 não é bandeira partidária ou de segmentos. Deve ser luta nacional, do povo brasileiro, em defesa da sua própria vida.
Enquanto sindicalista, eu me preocupo com a economia. E digo mais: não será Paulo Guedes quem vai nos tirar do abismo. A recuperação só acontecerá com vacinação em massa, imunização e retomada planejada das atividades.
PROGUARU – Dirigentes sindicais estão gravando vídeo em defesa da empresa e dos 4,6 mil empregos. Fechar a Proguaru será um erro e uma violência. Nossa luta segue!
José Pereira dos Santos – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região