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Terceirização no Maranhão
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
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A selvageria nos presídios maranhenses deve ter muitas razões. E explicações.
Mas, a cada dia, vai ficando mais claro que a insegurança, a baderna e o descontrole têm relação direta com a saída dos agentes do Estado para a entrada de empresas privadas.
Empresas que só visam ao lucro e servem a interesses políticos espúrios. O dono da empresa A é cunhado da governadora; o dono da empresa B é cunhado do cunhado; e assim por diante.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários acusa o governo estadual de fazer privatização disfarçada nos presídios. A Associação Magistrados do Brasil é mais direta: o caos se deve à falta de investimentos públicos.
A terceirização, especialmente da forma como propõe Projeto de Lei (4.330) do deputado-empresário Sandro Mabel, é essencialmente selvagem. Num ambiente violento, como são os presídios brasileiros, a selvageria explode.
Essa selvageria tem um responsável maior. No caso, é a governadora Roseana Sarney, que manda comprar lagosta para o Palácio, enquanto os presos, que legalmente estão sob guarda do Estado que ela dirige, se dilaceram.
Pedro Zanotti Filho, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Guarulhos (Stap)
E-mail: pedro@stapguarulhos.org.br