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Trabalhador em campo
quinta-feira, 26 de junho de 2014
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A geração de empregos formais em maio deste ano foi a mais baixa para o mês nos últimos 22 anos – pouco mais de 58 mil postos de trabalho, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego. Em maio, foram 1.849.591 admissões e 1.790.755 demissões. Mais do que nunca nós, trabalhadores, precisamos nos unir para lutar por emprego, por salário justo e por segurança e saúde no ambiente de trabalho.
Precisamos todos entrar em campo e reivindicar a regulamentação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 231/95, que estipula a redução da jornada de trabalho sem a redução salarial e com aumento do adicional de horas extras de 50% para 75%. Segundo o Dieese, mais de 3,2 milhões de empregos seriam criados no Brasil com a redução da jornada para 40 horas. No comércio varejista seriam 624.884, no setor de transportes terrestres, 143.997 e na fabricação de produtos alimentícios seriam 138.795.
Isso beneficiaria trabalhadores que estão no mercado de trabalho e desempregados. Os da ativa porque disporiam de mais tempo para aprimoramento e qualificação profissional e vida pessoal. Os desempregados, por conseguirem uma recolocação no mercado de trabalho.
O Dieese aponta, ainda, que a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais representaria um impacto de apenas 1,99% nos custos totais das empresas. O custo é irrisório se consideramos que, entre 1988 (última redução de jornada) e 2010, houve forte aumento da produtividade do trabalho, na ordem de 92,7%. No mesmo período, os salários cresceram apenas 64,6%.
Edson Dias Bicalho, presidente do Sindicato dos Químicos de Bauru e Região, secretário-geral da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), secretário de Relações Sindicais da Força Sindical para a América Latina e Mercosul e membro da diretoria da IndustriALL Global Union