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Um Breque na desindustrialização por mais empregos
terça-feira, 6 de março de 2012
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A Força Sindical, que completa 21 anos no dia 8 de março marcou o inicio de um novo capítulo na história do movimento sindical brasileiro. Desde o seu primeiro presidente eleito, Luiz Antônio de Medeiros, essa central de sindicatos de trabalhadores vem lutando, ao longo desses anos, por um sindicalismo verdadeiro, com força e influência nas esferas econômica, política e social no Brasil. E, hoje, com representação em praticamente todos os Estados da Federação, a Força Sindical contribuiu efetivamente para o desenvolvimento do País.
No momento, o atual presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), manifesta preocupação com a queda da atividade econômica e o desempenho fraco da indústria brasileira em 2011. Para ele, esse fato acendeu a luz amarela das centrais sindicais temerosas de que o País entre em um processo de desindustrialização e de aumento do desemprego. Acredita que esse cenário sombrio decorre de medidas tomadas pelo governo federal para frear o consumo sob a alegação de que tais ações eram necessárias para conter a inflação.
Em Goiás, nosso sindicato é filiado na Força Sindical, por isso me lembro bem de que, desde o ano passado, essa central sindical já vinha alertando que o Brasil corria o risco de conviver com baixíssimas taxas de crescimento do PIB e do emprego. Batíamos na tecla da urgência em reduzir drasticamente os juros, mas o governo não nos ouviu. Por isso e também em razão do recrutamento da crise na Europa, a presidente Dilma Rousseff voltou a incentivar o consumo e a produção, porém a reação foi tímida. As centrais reagiram criando em janeiro o Pacto pelo Desenvolvimento, Emprego e Distribuição de Renda.
O objetivo é exigir do governo mudanças na política econômica com redução dos juros, valorização do trabalho e fortalecimento do mercado interno e criação de empregos.
Dias atrás, as entidades decidiram promover uma série de manifestações no País em defesa do emprego e da produção nacional. Os protestos vão reunir, na mesma trincheira, empregados e patrões, reivindicando medidas capazes de brecar a desindustrialização e garantir os empregos. Já estão marcados atos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná. Dia 5 de abril será a vez da capital de São Paulo. Estaremos lá, porque acreditamos em mais essa luta da Força Sindical.
Eduardo Genner de Sousa, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás – Seceg