Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
Uma reflexão sobre o processo eleitoral… Uma reflexão sobre a vida!
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Artigos
Nos últimos dez anos mais de 37 milhões de pessoas saíram da pobreza, segundo os dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Na última década também aumentou o número de brasileiros com carteira assinada e maior grau de escolaridade e, além disso, cerca de quarenta e sete milhões de brasileiros tiveram acesso à sua carteira de trabalho nessa última década.
O mercado formal de trabalho no Brasil cresceu 66%, gerando 20 milhões de novos empregos, segundo o Dieese. Cresceram também o salário médio e a base dos salários na economia, sendo que o salário mínimo nacional valorizou 70,5% em termos reais. Segundo o IBGE, o desemprego no Brasil em agosto ficou em 5%, a menor taxa para o mês desde 2002, quando em agosto deste ano, ela era de 11,7%.
Os dados do DIEESE também mostram que a remuneração média dos trabalhadores brasileiros cresceu significativamente, impulsionada pela política de valorização do salário mínimo que acumulou nos últimos dez anos 72% de ganho real, por outro lado a taxa de rotatividade (global) dos vínculos celetistas aumentou em 11,6 pontos percentuais, de 52,4% para 64%, entre os anos de 2003 e 2012.
Novamente destacamos que muitos brasileiros saíram da informalidade, ou seja, do emprego sem carteira para o emprego com carteira.
Atualmente o mercado de trabalho está na desejável situação de pleno emprego, sendo que, existe uma nova classe média no país, formada por famílias com renda entre R$ 1,5 mil e R$ 7 mil. Os brasileiros que compõe essa classe somam mais da metade da população e já respondem por 62% dos empregos com carteira assinada.
A renda per capita mensal do total de trabalhadores brasileiros cresceu 32%, enquanto que a da nova classe média cresceu mais, 50%, passando de R$ 382 mensais por pessoa para R$ 576.
Os trabalhadores também estão estudando mais, os números mostram que a força de trabalho do Brasil ficou 27% mais escolarizada, e com isso, o número de anos de estudo passou de 6,7 em 2001 para 8,5 em 2011.
Tivemos avanços importantes como a destinação gradual de 10% do PIB para educação, a isenção do IR sobre a PLR para quem ganha até R$ 6.270,00, a aprovação da PEC do trabalho escravo, entre outros.
Fizemos nossa parte ao longo de todos esses anos, mobilizando trabalhadores e trabalhadoras em nossas campanhas salariais, conquistando aumento de salários, acompanhados da valorização do salário mínimo e das aposentadorias, junto com mais uma gama de conquistas econômicas e sociais, como pisos salariais dignos, PLR, vale refeição, alimentos e transporte.
Nossas conquistas também contribuíram para que um grande número de cidadãos passasse a integrasse uma nova classe média. Nesse período, no ramo químico, a FEQUIMFAR e seus Sindicatos filiados, com apoio da Força Sindical e da CNTQ, tiveram grandes conquistas, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem perdas salariais, e a licença maternidade de 180 dias, ambas no setor farmacêutico.
Tivemos também cerca de 20% de aumento real acumulado, acordados em nossas convenções coletivas. E não podemos deixar de mencionar o reconhecimento na CCT dos direitos de companheiros e companheiras em união estável, os avanços na saúde e segurança, e o combate a todos os tipos de discriminação. Adotamos uma politica de incentivo a formação sindical dos nossos dirigentes, e uma série de incrementos na ação sindical.
Paralelamente a todos esses avanços, nossa Federação e seus 33 sindicatos filiados, conquistaram uma sensível melhora na estrutura física e de serviços, disponibilizados para os trabalhadores associados, suas famílias e também para toda a categoria.
Na luta contra o desemprego, avançamos na redução de impostos no setor plástico, etanol e de brinquedos. Mas ainda muitas frentes de luta nos aguardam. É triste constatar que muitos desconhecem esses avanços, num momento em que a desindustrialização e uma série de interesses financeiros mesquinhos ameaçam direitos tão duramente conquistados.
Por isso, as lutas contra os interesses neoliberais e oportunistas continuam. Novas frentes de batalha nos aguardam no Congresso Nacional, seja pelo fim do Fator Previdenciário, como pelo fortalecimento da campanha pela redução da jornada para 40 horas, e pelo aumento das aposentadorias.
Desejamos a redução de impostos, mas com contrapartidas para classe trabalhadora. Vamos também dar ênfase ao combate à terceirização como forma de precarização, enfrentar o problema da rotatividade, e lutar pela aprovação do PL da igualdade e para a redução do déficit de R$ 32 bilhões na balança comercial do setor químico, objetivando a geração de mais e melhores empregos.
Companheiro e companheira, vamos todos olhar para trás e ver como era a vida de cada trabalhador e trabalhadora há cerca de 10 anos. As dificuldades econômicas e sociais do passado em relação aos avanços e direitos, e as melhorias de ordem financeira e social, que a classe trabalhadora conquistou nesses últimos anos.
Será que a vida da maioria da população brasileira melhorou? Será que ela está um pouco mais justa?
Nesse dia 05 de outubro, e havendo segundo turno, no dia 26 do mesmo mês, iremos às urnas para escolher nossos legisladores e governantes. E para que façamos um bom uso do nosso direito democrático nessa eleição, precisamos eleger candidatos compromissados com a luta, e por mais conquistas e direitos para a classe trabalhadora, em benefício ao próprio desenvolvimento da nação.
Saudações Sindicais, boa eleição para todos e os ensejos de um futuro melhor.
Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical