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Vitória do sindicalismo
terça-feira, 16 de julho de 2013
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O Dia Nacional de Mobilização e Luta, organizado pelas centrais sindicais, que reuniu milhares de pessoas às ruas em todo o País, demonstrou não só a vitalidade do movimento sindical, como a unidade política das entidades e a maturidade dos trabalhadores na busca por mudanças fundamentais por um Brasil melhor. O movimento foi vitorioso e a população respeitada. Durante todo o dia, as passeatas seguiram com disciplina e responsabilidade, sem vandalismo ou excessos de qualquer tipo. Categorias como os metroviários, por exemplo, decidiram de forma solidária não parar o transporte coletivo de milhões de paulistanos.
O mesmo aconteceu com a saúde, a qual representamos. O SinSaudeSP convocou o comparecimento de todos, mas aconselhou àqueles que estivessem de plantão a continuar atendendo a população. Nas ruas, as nossas principais bandeiras de luta foram destacadas: redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais (PL 2295/2000); piso salarial para enfermagem (PL 4924/2009); 10% a mais no SUS e fim da terceirização.
Além da pauta específica da saúde, abraçamos também a pauta trabalhista da Força Sindical e das demais centrais. Nesta pauta trabalhista incluem-se alguns pontos fundamentais, extraídos durante a Conclat, como: redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução dos salários para todos os trabalhadores; 10% do PIB para a saúde e para a Educação; o Fim do Fator Previdenciário e a valorização real dos benefícios dos aposentados; a Ratificação das Convenções 158 (contra a demissão imotivada) e 151 (direito de negociação e greve do funcionalismo público); Correção da Tabela do Imposto de Renda; valorização do salário mínimo acima da inflação, reforma agrária entre outros.
Um exemplo que a classe trabalhadora dá ao País de que é possível exercer o legítimo direito de manifestação (art. 5º, XVI, da Constituição Federal) e greve, seguindo o que a Constituição cidadã de 1988 estabelece. Vale também lembrar que o Dia de Luta não foi de Greve Geral. Esta, se for convocada pelas centrais, em seu devido tempo, também irá seguir todos os princípios que a lei determina. Nesse caso, a população será avisada para que não sofra com a paralisação e serão respeitados todos os limites estabelecidos pela Justiça. Por ora, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que o movimento do último dia 11/07/2013 já faz parte da história vitoriosa do movimento sindical brasileiro.
Joaquim José da Silva Filho, secretário-geral do SinSaudeSP e diretor da Força Sindical