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14-04-10 São Paulo (SP):Metalúrgicos vão fazer sardinhada pelas 40h nesta 4ª feira, em frente à Fiesp
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Força
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi vai promover nesta quarta-feira, dia 14, ao meio-dia, uma sardinhada em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Avenida Paulista, 1.313. É mais uma forma de chamar a atenção da população para a luta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho no País, e pressionar a Fiesp a negociar a pauta encaminhada pelo movimento sindical no dia 12 de março e que, até agora, a entidade não respondeu.
Para Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, os empresários e alguns deputados se fazem de surdos, mas os trabalhadores vão manter a pressão para abertura de negociações. “Exigimos do sr. Paulo Skaf que abra negociações. Você, que é candidato ao governo do Estado por um partido socialista, tem o dever de receber os trabalhadores”, disse Miguel Torres.
Manifestação
Na manhã desta terça-feira, cerca de 10 mil trabalhadores e dirigentes sindicais de várias categorias realizaram passeatas e uma grande manifestação em frente à Fiesp, reivindicando a abertura de negociação sobre a redução da jornada de trabalho. A manifestação foi organizada pelas centrais Força Sindical, CGTB e CTB.
As passeatas saíram de três pontos da cidade: estação Paraíso do Metrô, Pacaembu e Assembléia Legislativa e se encontraram em frente à Fiesp. O ato reuniu trabalhadores metalúrgicos, costureiras, químicos, têxteis, construção civil, gráficos, frentistas, telefônicos e de outras categorias.
“Estamos intensificando nossa luta pela redução da jornada de trabalho. Os empresários vêm pressionando os parlamentares para não votarem a PEC 231/95, que estabelece a jornada menor, no Congresso Nacional, alegando que esta é uma matéria que deve ser negociada entre capital e trabalho e jamais regulamentada por lei. No entanto, nós trabalhadores, entregamos a pauta em meados de março e os patrões não se manifestaram”, criticou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Após o ato, os trabalhadores montaram acampamento em frente à Fiesp.
Vale destacar que a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais irá gerar 2 milhões de novos postos de trabalho, segundo o Dieese.