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Angolanos e moçambicanos conhecem experiências da Força no combate ao trabalho infantil
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
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Pedro Américo Furtado de Oliveira, Coordenador Nacional do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil da OIT (Organização Internacional do Trabalho), disse que "os trabalhadores foram peça chave neste processo e a Força Sindical tem papel preponderante". Durante a visita de trabalhadores e integrantes do governo de Angola e Moçambique na Força Sindical, ele destacou que o Brasil está conseguindo reduzir o trabalho infantil.
Angolanos e moçambicanos vieram ao Brasil conhecer a experiência brasileira de combate ao trabalho infantil desenvolvido por várias entidades, entre as quais, a Força Sindical. João Carlos Gonçalves, Juruna, Secretário-geral da Força, ressaltou que a Central foi a primeira entidade a ter em seus quadros secretarias para crianças, adolescente e juventude quando a esquerda brasileira considerava o foco do movimento sindical deveria ser especificamente classista.
No encontro, Josinaldo Barros, Cabeça, diretor do Instituto Meu Futuro, do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos; Antonio Dantas, diretor do projeto Eremim, do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Adonis Bernardes, diretor-geral do Centro de Convivência Social, do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, falaram sobre os projetos desenvolvidos com crianças e adolescentes.
Os angolanos e moçambicanos perguntaram como os sindicatos conseguiram a adesão dos trabalhadores aos projetos sociais, para os quais dão contribuições a partir de R$ 0,50, cada e dos empresários, além dos critérios para a seleção das crianças.Valclécia Trindade, 2ª Secretária da Força Sindical, informou que entre as condições exigidas estão a de que as crianças precisam estar estudando em escolas públicas; a renda familiar deve ser de até um salário-mínimo e as crianças devem morar em locais de risco.
"O Brasil", afirmou Valclecia, " tem uma legislação avançada (Estatuto da Criança e do Adolescente) que precisa ser praticado. Segundo ela, a Força Sindical faz este trabalho há 12 anos e o objetivo é contribuir para acabar com a exclusão social no País.Gleides Freitas Sodré, secretária da Criança e do Adolescente, falou sobre a atuação da Secretaria em âmbito nacional.
Miguel Aurélio Maússe, diretor nacional da área social do Ministério da Mulher de Moçambique, declarou que a Força Sindical conseguiu ultrapassar a fase de atuar apenas na defesa dos trabalhadores, para trabalhar por um futuro melhor do País. Sanuel Cumbane, da Central Sindical Organização dos Trabalhadores de Moçambique, informou que a central que representa trabalha no combate ao trabalho infantil desde 1998 promovendo seminários e sensibilização. Em Moçambique, os problemas mais graves são na agricultura, comércio e transporte. Pela lei, os adolescentes podem trabalhar a partir dos 12 anos, desde que seja com a autorização escrita dos pais.
Maria Luisa da Silva, da União Nacional dos Trabalhadores de Angola (Unta-Confederação Sindical) declarou que em seu país, o jovem começa a trabalhar, pela lei, aos 18 anos. Mas entre 14 e 16 anos pode entrar no mercado de trabalho com jornada diferente dos adultos e precisa ir à escola.