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Força
Cubatão(SP): Trabalhadores das empreiteiras voltam ao trabalho
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Força
Em assembleia realizada hoje (dia 28), às 7h, 8 mil trabalhadores das empreiteiras, em Cubatão resolveram retornar ao trabalho e aguardar o julgamento do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre o reajuste salarial, que será realizado no dia 2, às 15h, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Santos, Geraldino Cruz Nascimento.
‘Os trabalhadores concordaram em retornar ao trabalho porque o TRT considerou a greve não abusiva e não descontou os dias parados’, afirmou João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, que compareceu à assembléia.
A proposta feita pelas empreiteira está próxima à reinvidicação feita pelos trabalhadores, explicou Nascimento. Os empregadores ofereceram 9% de reajuste salarial (3,7% de aumento real), vale-alimentação de R$ 12,00 e 1 salário de PLR. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 10%, Vale-refeição de R$ 12,00 e 1,5 salário de PLR .
‘Os trabalhadores não tinham vale-refeição porque a empresa fornece almoço. Agora, além do almoço os empregadores se propuseram a fornecer o vale-refeição’, disse Nascimento.
TRT
O relator e os seis juízes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) que julgaram parcialmente o dissídio coletivo nas 21 empreiteiras do pólo industrial de Cubatão, ontem à tarde, consideraram a greve de oito dias não-abusiva.
Os magistrados decretaram, porém, o imediato retorno ao trabalho, que foi votado em assembléia nesta sexta-feira, 28 de maio, às 7 horas, na portaria 1 da Refinaria Presidente Bernardes.
O julgamento do mérito (cláusulas econômicas como reajuste salarial, tíquete alimentação e ‘plr’) será na próxima quarta-feira, 2 de junho, às 15 horas, no décimo andar do prédio da Justiça do Trabalho na Avenida Consolação, 1.272,
Na semana que vem, os juízes julgarão a reivindicação de 10% de reajuste, vale-refeição de R$ 12 e ‘plr’ de um salário e meio. Eles decidirão também sobre a contraproposta das empresas.
No julgamento de ontem, as empresas reafirmaram a contraproposta de 9% de reajuste salarial, tíquete de R$ 11 e participação nos lucros ou resultados de um salário.
Decisão do TRT
1 Greve não-abusiva.
2 Pagamento dos oito dias parados.
3 Retorno imediato ao trabalho.
4 Se a greve continuar, desconto dos próximos dias parados.
5 Multa de R$ 10 mil por dia, ao sindicato, se a greve prosseguir.
6 Julgamento do mérito (cláusulas econômicas como reajuste salarial, tíquete alimentação e ‘plr’) na próxima quarta-feira.
Diretoria e comissão de base defendem a decisão judicial
Se o operário é a favor do retorno ao trabalho, a diretoria e a comissão defendem que ele não se envergonhe e vote conforme a sua consciência. O TRT recebe, hoje, dia 28, as defesas do sindicato e das empreiteiras para o julgamento da semana que vem.
Entre as suas defesas, o sindicato quer colocar o resultado da assembléia de hoje, devidamente documentado e fotografado, para os juízes saberem que realmente voltaram ao trabalho.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção industrial (Sintracomos), Geraldino Cruz nascimento, diz que “este é um momento decisivo, quando a maioria não pode se submeter à vontade da minoria. Embora combativos na busca por dias melhores, muitos acabam cometendo erros estratégicos”.
“Se a decisão de ontem do TRT foi favorável à categoria, o melhor agora é confiarmos na Justiça do Trabalho, sem a qual não há respeito aos direitos dos trabalhadores”, diz o sindicalista.