Os 12 mil servidores municipais estatutários e 4 mil aposentados de Santos já estão em campanha salarial para a data-base de fevereiro de 2022. A primeira assembleia será na quarta-feira da semana que vem (27).
O primeiro pontapé da diretoria do sindicato Sindest, porém, foi na noite desta segunda-feira (18), em ‘live’ transmitida pelo Facebook e Youtube, específica sobre o movimento reivindicatório.
Logo após a ‘live’, a rede social do sindicato passou a divulgar um cartaz convocatório da assembleia, que será às 18h30, na sede do Sintrasaúde, avenida Ana Costa, 70.
Nos próximos dias, o mesmo cartaz, em papel, será colocado pela diretoria nos locais de trabalho. “Vamos mobilizar para conseguir presença de qualidade e quantidade na assembleia”, diz o presidente Fábio Pimentel.
Silêncio e barulho
O sindicalista adiantou, na transmissão ao vivo, que os servidores receberão ‘bótons’ com o tema da campanha. E pediu que todos usem no dia a dia do trabalho, numa forma silenciosa de reivindicar.
Fábio adianta, porém, que também haverá barulho na luta, com carro de som e megafones, além de panfletos, tudo com a finalidade de estimular a participação dos trabalhadores nas assembleias.
“Participar não significa necessariamente pegar um porrete e xingar o prefeito, os secretários, vereadores ou quem quer que seja”, brincou o presidente do Sindest na apresentação.
‘Avacalhou o poder aquisitivo’
A principal reivindicação, segundo ele e os diretores Daniel Gomes, Donizete Fabiano e Pedro da Matta, que participaram da ‘live’, será a recomposição das perdas salariais dos últimos dois anos e oito meses.
O último reajuste da categoria foi em 2019. De lá até agora, conforme explicaram, as perdas oficiais superam a casa dos 20%. A categoria reivindicará também aumento real.
“A administração já avacalhou demais o nosso poder aquisitivo”, disse Donizete, na abertura do programa. “A prefeitura teve orçamento cheio por três anos. Agora, é a vez do servidor”, disse Pedro.
‘Chega de passa-moleque’
“Já tomamos muito passa-moleque da prefeitura”, reclamou Daniel. Fábio ponderou que a mobilização e participação do pessoal a ativa e dos aposentados é fundamental.
“Isso funciona”, disse o presidente. “Graças à mobilização em nível nacional, até agora o governo federal não conseguiu aprovar a proposta de emenda constitucional (pec) 32-2020”.
A ‘pec’ tramita na câmara federal e prevê a revogação de direitos do funcionalismo municipal, estadual e federal, além de degradar serviços públicos como os de saúde, educação e segurança.