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Imprensa
Belo Horizonte (MG): Falta de profissional de TI afeta comércio eletrônico
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Imprensa
Wladimir D´Andrade
A falta de mão de obra qualificada que afeta a indústria brasileira também é um problema para o setor de comércio eletrônico. O levantamento ‘Vendas Online no Brasil: uma Análise do Perfil dos Usuários e da Oferta pelo Setor de Comércio’, divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que o número de empresas que utilizam a web como canal de venda cresceu 269% de 2003 a 2008. Apesar da evolução, o número ainda é ‘inexpressivo’ se comparado ao total do varejo brasileiro. A carência de trabalhadores qualificados para funções de tecnologia da informação (TI), segundo o Ipea, é um ‘fator importante’, que limita o desenvolvimento do comércio eletrônico.
Luis Claudio Kubota, pesquisador do instituto, afirma que, na média, o setor de compras online emprega menos mão de obra qualificada que a indústria. ‘E-commerce não é passe de mágica. Para colocar um site de compras no ar é necessário toda uma retaguarda de tecnologia da informação para atender o usuário, além da questão logística’, afirmou, em entrevista coletiva realizada em Brasília e transmitida pela internet.
A sondagem do Ipea mostra que, entre 2003 e 2008, o total de empresas que abriram canais de venda pela web passou de 1.305 para 4.818, o que corresponde a apenas 0,4% do total das companhias varejistas. A receita passou de R$ 2,4 bilhões para R$ 5,9 bilhões, aumento de 145%, mas ainda assim representa menos de 1% do total da receita do varejo brasileiro. ‘Esse processo de mudança está concentrado nas capitais e nas grandes cidades’, disse Kubota.
O comércio não especializado – hipermercados, supermercados, lojas de departamentos e mercearias, entre outros – responde por 24,7% do total das vendas online e o de outros produtos em lojas especializadas, 73%. O restante se enquadra no comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%) e de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados (2,1%).