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Campo Grande (MS): Com 10,6 mil acidentes de trabalho, MS recebe campanha
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
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Arquivo Sinticopms
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Os últimos números sobre acidentes de trabalho em Mato Grosso do Sul mostram que a situação é grave e precisa ser revertida: Foram 10.619 casos em 2011. Para isso, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen fez em Campo Grande nesta sexta-feira o “Ato Público pelo Trabalho Seguro”.
O ato foi realizado no Centro de Convenções Albano Franco e reuniu diversas autoridades e pelo menos 280 trabalhadores da construção civil. O ministro explicou que, além de prejudicar o próprio trabalhador, acidentes ‘custam caro’ para a União. Segundo ele, são R$14 bilhões por ano com acidentes de trabalho. O montante reflete na economia do País e no PIB (Produto Interno Bruto).
De acordo com o ministro, os acidentes de trabalho no País começaram a ser registrados em 2001. Naquele ano foram 340 mil casos. Dez anos depois, já eram 711 mil. “Mas é uma imagem pálida da realidade”, destacou Dalazen, explicando que os números não contabilizam empregados que estão na irregularidade e aqueles casos em que as empresas não comunicam ao Ministério da Previdência Social.
O ministro explicou que o objetivo do ato público é conscientizar empregados e empregadores para a importância da prevenção. Ele chamou a campanha de “cruzada cívica”. Segundo Dalazen, somente na construção civil, 2.796 pessoas morreram em 2011, 300 a mais que em 2010. “Esse número reflete o boom das obras”, declarou, referindo-se a grande quantidade de construções e reformas em andamento.
Ele declarou também que não faltam leis sobre a prevenção à acidentes de trabalho. “O que falta é o cumprimento da legislação”.
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O ministro disse ainda que o governo irá baixar um decreto determinando que todas as terceirizadas que vencerem licitações deem treinamento mensal sobre prevenção, a seus funcionários.
Mato Grosso do Sul- Dos quase 11 mil casos de acidentes de trabalho no Estado em 2011, 6.555 foram decorrentes da atividade, 1.601 aconteceram durante o trajeto e 243 foram por doença.
Para o presidente do Sindicato da Construção Civil, José Abelha Neto, a iniciativa do TST é “um grande início para mudanças”. “São poucas as empresas que fazem segurança corretamente”. Ele afirma que o principal problema da construção civil é o trabalhador na informalidade. “Com isso eles não têm garantias. As vezes ganham mais, mas também ficam sem benefícios quando precisam”.
Já o presidente do Sindicato da Construção Pesada, Walter Vieira dos Santos é muito importante uma fiscalização cobrando o cumprimento das leis. “ Estamos falando de vidas de pessoas chefes de famílias acredito que com uma fiscalização onde todos participem como os Sindicatos, os Trabalhadores e até mesmo as Empresas com certeza vamos baixar o índice de acidentes no trabalho, e buscando também uma qualificação cada vez melhor para que possamos super, vejo que com uma qualificação profissional com certeza teremos uma grande baixa também no índice de acidentes.
Gerente regional da Plaenge, Ada Maria de Lima, disse que a empresa que gerencia possui trabalho de prevenção e que aumentou o número de trabalhadores, mas diminuiu o de acidentes.
O deputado estadual Paulo Correa (PR) declarou que a “junção de forças é muito importante na prevenção de acidentes”.