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Fábrica da CSN em Volta Redonda (RJ) deve desligar um de seus altos-fornos por conta da baixa demanda
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
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Governo vai tentar negociar com Steinbruch para evitar demissões
O governo Dilma Rousseff vai negociar com o empresário Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), para evitar a possível demissão de cerca de 3 mil trabalhadores na fábrica de Volta Redonda (RJ). Ontem, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, afirmou que procuraria Steinbruch, a pedido dos sindicatos da região e de políticos fluminenses, para oferecer à empresa alternativas, como no Plano e Proteção ao Emprego (PPE), que permite à companhia cortar jornada e salários dos trabalhadores. A CSN comunicou que pode desligar um dos seus altos-fornos por causa da baixa demanda.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Silvio Campos, que representa os 11 mil operários da CSN, já disse ser favorável ao acordo. Em carta entregue à Rossetto, o sindicalista afirmou que a CSN “não pode continuar a receber bilhões de reais do BNDES, a juros subsidiados e contuniar a demitir seus empregados, de forma perversa e ilegal”.
Procurada pelo Estado, a CSN respondeu, em nota, que está negociando com o sindicato “medidas necessárias para enfrentar o desafiador cenário econômico brasileiro e mundial”. “Durante todo o ano de 2015, a CSN fez enormes esforços para manter os níveis de emprego e foi uma das poucas do setor a não realizar ajustes em sua produção”.
Reunião. Rosseto espera receber ainda hoje da empresa um sinal verde para um reunião em janeiro, possivelmente na semana que vem, para discutir formas de evitar as demissões. Ele recebeu ontem o presidente do sindicato local, o dirigente da Força Sindical, Miguel Torres, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e os deputados federais Alexandre Serfois (PSD-RJ) e Wanderley Alves de Oliveira (PTB-RJ), o Deley. No encontro, o ministrou lembrou que política de auxilio ao setor, como uma possível taxação do aço importado, está em estudo no Ministério do Desenvolvimento. Segundo Torres, da Força Sindical, empresas da região como Votorantim e Volkswagem, fizeram acordos temporários. A Citröen entrou no PPE.
As negociações entre governo e o presidente da CSN vão abrir um novo capitulo na complexa relação entre os dois. Embora favorável à presidente Dilma Rousseff, Steinbruch é o responsável por uma das obras mais atrasadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ferrovia Transnordestina, considerada a “menina dos olhos” de Dilma. O projeto tocado pelo ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), ainda não saiu do papel.