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O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.
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Imprensa
Fortaleza (CE): Construção eliminou 876 vagas, mas quer criar 4 mil
quinta-feira, 2 de junho de 2011
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Construção civil no Estado dispensou 876 empregados em março, mas até o fim do ano mais 4 mil serão geradas
As chuvas em março no Ceará atrasaram obras e levaram consigo 876 postos de trabalho na construção civil. Mesmo assim, o estrago representa um recuo de apenas 1,04% no volume de empregos com carteira assinada do setor, no mês passado.
Os dados, divulgados ontem, são oriundos de pesquisa realizada pelo Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), que avaliou todo o País.
O presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio Ferreira, minimiza dizendo que o número de empregos continua tecnicamente no mesmo patamar. O total de postos passou de 84.439 em fevereiro, para 83.563, no mês seguinte.
Expansão em 2011
Contudo, a expectativa é de que o número de empregos com carteira assinada no setor avance pelo menos 6% em 2011 no Estado, em relação ao ano passado.
‘Isso nos leva a acreditar na soma de quatro mil vagas’, projeta, apostando no Programa Minha Casa, Minha Vida 2, que deverá ser lançado no fim de junho. Em 2010, o avanço no mercado de trabalho da construção civil cearense chegou a 13%. Entretanto, apesar de maior que o esperado para este ano, esse percentual, como explica Roberto Sérgio, não é tão significativo.
‘Nós vínhamos de um crescimento ínfimo em 2009 e impulsionados por financiamentos em larga escala. Foi fácil crescer’, avalia o empresário.
Ainda de acordo com a pesquisa da FGV, antes das demissões em março, o Ceará, em fevereiro, havia contratado 2.174 operários. Nos últimos 12 meses, o Estado acumula um aumento de 12,93% em admissões.
Aproximadamente 50% desses empregados estão em Fortaleza: 41 mil postos de trabalho, em abril, de acordo com o último controle do Sinduscon-CE.
Entraves
As perspectivas poderiam ser melhores não fosse a desistência da realização de algumas obras públicas. O presidente do sindicato afirma que a Prefeitura, por exemplo, não realizará mais este ano o alargamento de avenidas como Dedé Brasil, Paulino Rocha e Raul Barbosa. ‘Essas obras iam gerar quase cinco mil empregos e não se sabe o motivo da mudança de planos’, critica. Ele diz também que, pelo menos para 2011, não se pode esperar muito mais incrementos no setor motivados pela Copa 2014.
Panorama nacional
No Nordeste, o Ceará é o terceiro Estado em concentração de trabalhadores do setor, perdendo apenas para Bahia (178.619) e Pernambuco (138.260).
Enquanto isso, o Brasil acumula um total de 2,916 milhões de trabalhadores na construção civil. Só no primeiro trimestre deste ano, foram criados 86,2 mil novos postos no Brasil. ‘Esta elevação nas contratações do setor reforça a estimativa de que o PIB da construção deverá crescer entre 5% e 6% neste ano’, comenta o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe.
A pesquisa conclui que a região Sudeste do País foi a que mais concentrou trabalhadores do setor. Dos 2.915.673 funcionários com carteira assinada existentes no Brasil em março, 1.503.311 estavam no Sudeste; 610.575 no Nordeste; 407.275 no Sul; 220.844 no Centro-Oeste e 173.668 na região Norte.
ANA CAROLINA QUINTELA
ESPECIAL PARA ECONOMIA